Alta de PCDs cria demanda por maior inclusão nas escolas de Marília
Marília apresentou um crescimento populacional de 9,63% entre 2010 e 2022, segundo dados do Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). Enquanto isso, o número de pessoas com algum tipo de deficiência, no mesmo período, registrou um aumento de 35,70%.
Os dados são do Observatório dos Direitos da Pessoa com Deficiência, plataforma desenvolvida pela Secretaria de Estado dos Direitos da Pessoa com Deficiência em parceria com a Fundação Seade.
De acordo com o levantamento verificado pelo Marília Notícia, enquanto a população mariliense cresceu de 216.745 habitantes em 2010 para 237.627 em 2022, o número de pessoas com algum tipo de deficiência passou de 15.476 para 21.001, no mesmo período analisado.
Dentre as pessoas com deficiência, os números se distribuem em diferentes categorias. Atualmente, a cidade conta com 2.890 deficientes auditivos, 3.981 deficientes intelectuais, 6.705 deficientes físicos e 7.425 com alguma deficiência visual.
Os dados revelam importantes mudanças entre os anos de 2019 e 2022 na área da Educação. Com um avanço na capacitação de profissionais, houve um aumento expressivo na identificação de estudantes autistas em escolas de Marília, passando de 31 em 2019 para 313 em 2020, 252 em 2021 e 548 em 2022.
Em 2019 eram 498 estudantes com deficiência intelectual, passando para 487 em 2020, 479 em 2021 e 497 em 2022. Os alunos marilienses com deficiência física eram 218 em 2019, 241 em 2020, 248 em 2021 e 259 em 2022.
Aqueles com deficiências múltiplas passaram de 81 em 2019, 85 em 2020, 86 em 2021 e 92 em 2022.
Com baixa visão, a cidade contava com 32 estudantes em 2019 e 2020, 30 em 2021 e 39 em 2022. Os alunos de Marília com deficiência auditiva eram 25 em 2019, 20 em 2020, 27 em 2021 e 22 em 2022.
Marília tinha ainda 39 estudantes com surdez em 2019, 38 em 2020 e 32 em 2021 e 2022. Alunos com cegueira eram seis em 2019 e 2020, com cinco em 2021 e 2022.
A plataforma do Governo do Estado de São Paulo disponibiliza os dados organizados e integrados sobre as pessoas com deficiência em todo o território paulista. A intenção é transformá-los em informações úteis para a tomada de decisões, com políticas públicas nos diversos setores da administração municipal, para maior inclusão deste público.