Universidade de Marília promove ciclo de palestras sobre saúde pública
A Universidade de Marília (Unimar) reforça seu compromisso com a inovação e a comunidade, ao lançar um calendário especial de ações voltadas para questões de saúde pública. Para dar início a este ciclo de palestras, que irá se estender durante todo o ano, o primeiro evento, agendado para o dia 04 de março, das 15h às 17h, trará à tona um tema de relevância global: Leishmaniose.
A leishmaniose é uma doença parasitária causada pelo protozoário do gênero Leishmania, transmitido principalmente pela picada de insetos vetores infectados, como os flebotomíneos, também conhecidos como mosquitos-palha. Existem diversas formas de leishmaniose, sendo as mais comuns a leishmaniose cutânea e a leishmaniose visceral.
É considerada uma doença negligenciada, predominantemente encontrada em regiões tropicais e subtropicais, com maior incidência em áreas rurais e periurbanas. No entanto, casos também são relatados em áreas urbanas.
O controle da leishmaniose envolve medidas como o diagnóstico precoce e é preciso tratamento adequado dos casos em humanos e caninos, a eliminação de reservatórios animais (como cães infectados) e o controle dos vetores, além de educação em saúde e conscientização da população.
Dados epidemiológicos mostram que a leishmaniose é uma preocupação de saúde pública em muitos países, especialmente em desenvolvimento, onde as condições socioeconômicas e ambientais favorecem a proliferação do vetor e a transmissão da doença.
A busca por soluções inovadoras no diagnóstico, tratamento e prevenção da leishmaniose é fundamental para enfrentar esse desafio de saúde global. Por isso dá importância que gestores públicos, de saúde e saúde animal participem deste evento.
O seminário, intitulado “Leishmaniose: Método Inovador de Diagnóstico e Controle da Doença”, será liderado pela renomada Profa.ª Dra.ª Maria Angélica Miglino, e contará com o apoio dos Programas de Saúde Animal e Interdisciplinar da Unimar.
“A região Sudeste tem visto um aumento significativo nos casos, antes concentrados no Norte e Nordeste. O diagnóstico eficaz é um desafio, pois depende da combinação de sinais clínicos, testes rápidos e exames confirmatórios, sendo os cães assintomáticos uma preocupação particular. Por isso dá importancia de um evento como este para que haja um esforço conjunto, já que há cerca de 350 milhões de pessoas em risco globalmente, e o Brasil vem liderando os casos na América do Sul”, explica a docente.
A programação do evento incluirá palestras de especialistas na área:
1. “Desafios e perspectivas para a leishmaniose visceral canina” – Prof. Dr. Ana Lúcia Abreu Silva
A Prof. Ana Lúcia é uma autoridade reconhecida na Universidade Estadual do Maranhão, com vasta experiência em pesquisa na área de patologia e imunopatologia de doenças infecciosas em animais. Sua contribuição para o entendimento da leishmaniose canina e seu trabalho com produtos naturais são altamente valorizados no campo da saúde animal.
2. “Soluções tecnológicas para o enfrentamento da leishmaniose visceral canina em países em desenvolvimento” – Hianka Carvalho
Hianka Carvalho é médica veterinária e doutoranda em Ciências pela FMVZ-USP, cujo trabalho se destaca pela aplicação de tecnologia avançada, como Espectrometria de Massas, no diagnóstico de doenças infecciosas em animais. Sua pesquisa atual na The Ohio State University visa desenvolver novas ferramentas de diagnóstico para a leishmaniose visceral canina, com foco especial em países em desenvolvimento.
O evento promete ser uma oportunidade única para gestores públicos, profissionais da área de saúde animal, pesquisadores e estudantes se reunirem e discutirem estratégias inovadoras para o controle e diagnóstico dessa doença.
A pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação e Ação Comunitária da Unimar, Prof.ª Dr.ª Fernanda Mesquita Serva reforça o papel da universidade em contribuir com questões da sociedade, principalmente quando se trata de políticas públicas. “Há uma urgência em desenvolver ações para combater a leishmaniose, em especial ao que se refere à contaminação de cães que estejam tanto sintomáticos quanto assintomáticos. Essa abordagem é crucial para apoiar políticas públicas e privadas de controle da doença”, reforça a Pró-Reitora.
Para participar gratuitamente deste Seminário, bastar acessar o link [clique aqui].