Polícia aponta que homem foi espancado após defender grávida
A Justiça de Marília determinou a conversão da prisão temporária em preventiva para Wallace da Silva Moraes, de 18 anos, e Wandrey Mendes da Silva, 26, também conhecido como ‘Vandaime’. Ambos são suspeitos de terem matado Rafael dos Santos Bombonato, de 36 anos, no Jardim Santa Antonieta, zona norte de Marília, em dezembro do ano passado. A dupla já estava presa após trabalho da Delegacia de Investigações Gerais (DIG).
Segundo a denúncia do Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP), com base no trabalho de investigação da Polícia Civil de Marília, no dia do crime, em uma adega na zona norte, Wallace teria agredido sua enteada, que está gestante, e Rafael defendeu a moça ao presenciar a situação, agredindo o jovem com socos no rosto.
Cessada a briga inicial, Wallace ali permaneceu, enquanto Rafael se retirou. Wandrey foi até ao local e passou a zombar do rapaz por ter sido agredido, passando a instigá-lo a se vingar. Pouco depois, ao avistarem Rafael subindo a rua em uma bicicleta, ‘Vandaime’, que já tinha desavenças anteriores com a vítima, tornou a instigar Wallace. Os denunciados caçaram Rafael usando um veículo Volkswagen Gol, pertencente e conduzido por Wandrey, tendo Wallace como passageiro.
Segundo a polícia, Wandrey teria atropelado a vítima, sendo que em seguida, Wallace usou uma barra de ferro para golpear a cabeça e as costas de Rafael. Um dos acusados de assassinato fugiu de carro, enquanto o outro deixou o local caminhando, com a barra de ferro na mão.
A necropsia indicou que a morte de Rafael dos Santos Bombonato ocorreu por hemorragia interna aguda torácica e cerebral, trauma de tórax e traumatismo crânio encefálico produzido por ‘agente contundente’.
O juiz Fabiano da Silva Moreno, que recebeu a denúncia e decretou a prisão preventiva dos suspeitos, salientou em sua decisão que Wallace da Silva Moraes ostentava maus antecedentes, com passagens por tráfico de drogas. Com relação ao denunciado Wandrey Mendes da Silva, apesar de ser réu primário, considerou que o crime foi praticado com extrema violência.
Foi considerado ainda que o crime, em tese, foi praticado por motivo torpe e com emprego de recurso que dificultou a defesa da vítima.
“A conduta demonstrada pelo acusado revela extrema periculosidade e atemoriza a sociedade ordeira. A prática delitiva foi ultimada em via pública. Verifica-se que os fatos revestiram-se de extrema gravidade e demonstraram a periculosidade de seus autores. No caso, trata-se de homicídio qualificado consumado, crime intitulado hediondo”, diz o juiz.
INVESTIGAÇÃO
A dupla foi presa pela equipe da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), cumprindo a prisão temporária, que agora se tornou preventiva.
Imagens de uma câmera de segurança nas imediações do local do crime auxiliaram os policiais civis na apuração da autoria do homicídio.
Segundo relatos de várias testemunhas ouvidas no caso, a imagem teria sido registrada logo após o crime. Primeiro é possível ver um automóvel, passando em alta velocidade pela rua. Pouco depois, um homem passa caminhando pelo local, carregando uma barra de ferros nas mãos, que teria sido usada no crime.
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