Saúde de Marília promove a campanha Janeiro Roxo de combate à hanseníase
A Vigilância Epidemiológica de Marília deu início à campanha anual de combate à hanseníase, para o mês intitulado como Janeiro Roxo, de conscientização sobre a doença. Desde 2016, o Ministério da Saúde oficializou o janeiro e a cor roxa para campanhas educativas em todo o país.
As equipes de Atenção Primária das 52 unidades de saúde do município foram preparadas para promover uma ação de orientação sobre a doença e de prospecção ou busca ativa por pacientes que estejam portando a doença ainda sem tratamento.
Esse evento é importante para que a população tenha mais informações sobre a doença e para que ocorra a identificação de doentes, para a promoção do tratamento oportuno e interrupção da cadeia de transmissão da mesma. Apesar dos esforços dispensados para o seu combate, a hanseníase ainda se mantém endêmica e constitui um problema de saúde pública no Brasil.
Durante a campanha serão desenvolvidas atividades de busca ativa em todas as unidades, consistindo, principalmente, na aplicação de um questionário simplificado, com 14 perguntas, para ajudar paciente e profissional de saúde a identificar a suspeita da doença.
“Quanto mais precoce o diagnóstico, menor o risco de transmissão da doença e menores as complicações e sequelas provocadas pelo comprometimento dos nervos periféricos que caracterizam essa patologia”, explica a enfermeira responsável pela Vigilância Epidemiológica, Alessandra Arrigoni.
DOENÇA
A hanseníase é uma doença infecciosa, causada por uma bactéria. É transmissível e atinge, principalmente, a pele e os nervos periféricos como mãos e pés. Quanto mais cedo for diagnosticada, mais eficaz será o tratamento. A transmissão ocorre pelas vias respiratórias (fala, espirro ou tosse), durante o convívio prolongado com o doente sem tratamento. É longo o espaço de tempo entre o contágio e o aparecimento dos sinais da doença. O paciente deixa de transmitir a doença para seus familiares ao iniciar o tratamento medicamentoso.
O tratamento é realizado por meio de medicamentos que são dispensados gratuitamente pela rede municipal. O paciente deve ir uma vez por mês à unidade de referência para acompanhar os casos, o Serviço de Assistência Especializada (SAE). A hanseníase tem cura.
A pessoa que manteve ou mantém contato frequente com portador da hanseníase deve procurar a unidade de saúde de referência (ao domicílio) para uma consulta médica e receber orientações específicas.
“O primeiro atendimento é na unidade de saúde, que levanta a suspeita com exames mais simplificados, encaminhando o paciente para o exame específico, realizado pelo dermatologista clínico do SAE”, disse Arrigoni.
SINAIS
• uma ou mais manchas de cor variada: esbranquiçada, avermelhada ou acastanhada;
• mancha com diminuição e/ou perda de sensibilidade, pele seca e queda de pelos;
• dor, sensação de choque, fisgadas e agulhadas ao longo dos nervos dos braços e pernas;
• nódulos (caroços) no corpo, avermelhados e dolorosos;
• diminuição da força muscular das mãos, pés ou face.