Família pede justiça pela morte de Maria Eduarda na SP-294 em Marília
A Polícia Civil ainda investiga as circunstâncias da morte de Maria Eduarda Nunes, de 19 anos, na madrugada da última segunda-feira (25), feriado de Natal, após acidente de trânsito na rodovia Comandante João Ribeiro de Barros (SP-294), próximo ao distrito de Padre Nóbrega, zona norte de Marília. Para a família da vítima, o condutor da motocicleta, de 22 anos, deve ser responsabilizado pela morte.
De acordo com Daniel Silva Morini, primo de Maria Eduarda, uma noite que era para ser festa e alegria, se tornou um dia para ser esquecido. Ele contou que a família não aceitava o relacionamento da vítima com o rapaz que conduzia a motocicleta no momento do acidente.
“Quem ama, cuida. Ele era um cara que não era bem-vindo na família pelo histórico com a Maria. Minha tia Cissa, mãe da Maria, está aqui na base de calmantes e nada está sendo feito. Ele sabe da grande besteira que fez. A justiça dos homens é lenta, mas eu creio na justiça divina. Esse cara vai pagar. Ele acabou com a família, destruiu a família e está se passando de santo nas redes sociais”, conta Morini.
O primo de Maria Eduarda contou que os tios haviam proibido o namoro e disse que ela havia dito que iria até a casa de uma amiga após o Natal com familiares. Ele ainda criticou quem apoia o condutor da motocicleta.
“Ele está pedindo força e tem alguns que para mim são idiotas que estão dando apoio, mas ele foi o único responsável da morte da Maria. Ela desejou Feliz Natal para todos e abraçou várias vezes minha tia. Parecia que estava se despedindo. Disse que ia para a casa de uma amiga, sendo que ele teria ido até a casa dessa amiga, insistindo para que a Maria fosse dar um ‘rolezinho’ de moto”, diz o primo da vítima.
Morini afirmou saber o rapaz não tinha a intenção de matar, mas acredita que seus atos irresponsáveis culminaram na tragédia.
“Ele está se passando por vítima nas redes sociais, mas ele não é uma vítima. Eu sei que ele não teve a intenção de matar a Maria, mas pelo que ele fez, pelo jeito que ele manobrava essa moto, ele trouxe o risco de morte. No momento do acidente ele se preocupou mais com a moto. Atrasar um resgate para o pessoal esconder a moto, isso não é humano”, acusou Daniel Morini.
O caso está sendo investigado pela Polícia Civil, que apura se houve, de fato, responsáveis pela morte da jovem. Um laudo deve ser emitido nos próximos dias sobre o acidente de trânsito, fundamental para o prosseguimento do inquérito policial de homicídio culposo, quando não há intenção de matar.
O Marília Notícia procurou o jovem envolvido no acidente para dar sua versão do ocorrido, mas não o encontrou. O espaço está aberto para manifestação.