Casal acusado de homicídio será submetido ao Tribunal do Júri
A Justiça pronunciou Rafaela Aparecida Roberto e Jonatas Rodrigues Damazio, que sentarão no banco dos réus do Tribunal do Júri, acusados de envolvimento na morte de Cícero Máximo da Silva, em abril do ano passado. A vítima foi atacada no Jardim Marajó, na zona sul de Marília, no início daquele mês, morrendo 25 dias depois, em decorrência dos ferimentos sofridos.
As defesas de Rafaela e Damazio requereram a absolvição do casal, pedindo pela impronúncia ou desclassificação do crime de homicídio qualificado para o crime de lesão corporal seguida de morte. Se foi decidido pela pronúncia, foi requisitado o afastamento das qualificadoras.
O juiz Paulo Gustavo Ferrari, da 2ª Vara Criminal de Marília, entendeu existirem indícios suficientes de autoria, além da materialidade do crime, pronunciando o casal ao Tribunal do Júri, mas ainda sem marcar uma data para o julgamento, que deverá acontecer em 2024.
As qualificadoras de meio cruel e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima foram mantidas pelo magistrado.
Como os réus responderam ao processo presos preventivamente, por decreto da Justiça, não poderão recorrer em liberdade, permanecendo encarcerados.
CRIME
O crime aconteceu no dia 2 de abril de 2022, por volta das 18h30, na rua Francisco dos Santos, no Jardim Marajó. Damazio teria se armado com uma faca, enquanto Rafaela pegou um segmento de madeira. Eles encontraram a vítima na via pública, que foi atacada em inferioridade numérica, de armas e de surpresa.
O casal passou a agredir violentamente a vítima. Rafaela teria efetuado golpes na cabeça do homem e seu companheiro desferido golpe de faca na ‘região dorsal e abdominal esquerda’, atingindo seu rim.
Durante as agressões, populares acionaram o irmão da vítima, que flagrou o ataque e fez com que o casal fugisse. A vítima foi socorrida ao Hospital das Clínicas (HC) de Marília e submetida a procedimento médico para retirada do rim.
Após alta, acabou internado para tratamento no Hospital Espírita de Marília (HEM), mas acabou retornando ao HC, em razão de complicações médicas. Mesmo com todo o socorro médico prestado, Cícero morreu no dia 27 de abril de 2022, consequências do quadro de lesão sofrida no abdômen, com laceração renal e necessidade de intervenção cirúrgica.