Acusado de estuprar adolescente com autismo é condenado a 20 anos de prisão
Um homem, que não teve a idade revelada, foi condenado a uma pena de 20 anos, um mês e nove dias de prisão, inicialmente em regime fechado, por estuprar uma adolescente de 15 anos com autismo e ainda filmar e guardar o vídeo do crime. Além da prisão, a sentença ainda o obriga a pagar uma multa de aproximadamente R$ 1,4 mil.
O condenado já estava preso preventivamente e não poderá recorrer em liberdade, já que o juiz ressaltou a gravidade do crime e entendeu que ele representa perigo social. Na decisão, o magistrado ainda determinou que o sentenciado deve continuar separado dos outros presos para garantia da ordem pública e da aplicação penal.
O CASO
O réu foi preso por estupro de vulnerável em março deste ano. O crime ocorreu na zona norte da Marília, mas o acusado acabou preso na Rodoviária de Echaporã (distante 40 quilômetros de Marília), durante uma tentativa de fuga do flagrante.
Na época, a reportagem do Marília Notícia apurou que a Polícia Militar foi acionada pela mãe de uma garota de 15 anos, que tem transtorno do espectro autista (ETA), de “grau médio para severo”.
Em seu relato aos policiais, a mulher contou que mantinha um envolvimento amoroso com o acusado, que reside no estado do Paraná, e passavam alguns dias em Marília, na casa dela.
Dois dias antes da prisão do réu, de acordo com a mãe, a filha estava sozinha na residência na companhia do autor. Ao chegar em casa, a mulher encontrou a menina assustada no banheiro e desconfiou.
A responsável pela adolescente disse ter acreditado, em um primeiro momento, que o comportamento era decorrente do autismo. No entanto, dois dias depois de ter encontrado a filha assustada, por volta das 18h, a mãe relatou que o namorado saiu para ir ao banco e ela verificou que um dos celulares dele ficou na casa.
Segundo a mulher, neste aparelho foram encontrados dois vídeos, com cenas de sexo, em que ela reconheceu a filha e o homem.
A genitora filmou o vídeo com seu próprio celular e ligou para o namorado para questionar porque ele havia abusado da jovem.
De acordo com a mulher, o criminoso negou o fato e, em seguida, ela verificou que ele havia acabado de apagar o vídeo que estava armazenado no Google Fotos, através de um segundo aparelho.
Conforme a mãe da vítima, o autor não retornou para a casa dela e deixou seus pertences no local.
A mulher apresentou aos policiais o celular do namorado que estava em posse dela e como o segundo aparelho do acusado possui a mesma conta Google foi possível identificar que ele estava na Rodoviária de Echaporã.
Uma equipe policial foi até o local e encontrou o homem, que aguardava na plataforma de embarque. O autor foi abordado e com ele estava o segundo celular.
Questionado, o acusado negou o crime e disse que estava indo embora com medo da namorada. A polícia vistoriou o celular que estava com o homem e encontrou na galeria alguns vídeos pornográficos envolvendo crianças e adolescentes.
Ele foi preso e encaminhado até a Central de Polícia Judiciária (CPJ) de Marília. A mãe da vítima entregou para a PM o celular que estava em sua posse e também uma calcinha e blusa que foram reconhecidos como sendo as vestes que a menor usava quando foi abusada. Os materiais passariam por perícia.
Na época, a delegada de plantão requereu a conversão da prisão em flagrante para preventiva.
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