Sasazaki suspende produção por 15 dias e pagamento segue indefinido
Uma reunião entre a direção e colaboradores da Sasazaki na tarde desta terça-feira (17) terminou com a orientação para que os funcionários da empresa permaneçam em suas casas por pelo menos 15 dias ou até segunda ordem. Segundo o Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Marília e Região, os funcionários estariam com os salários atrasados há quase dois meses.
Ainda de acordo com informações do sindicato da categoria, o encontro acabou sem a indicação de uma data para o pagamento dos salários atrasados.
Fontes entre os trabalhadores narraram que o presidente da empresa, Leonardo Sasazaki, teria explicado a situação para os empregados, afirmando que tentou empréstimos bancários para resolver a situação, mas não obteve sucesso na manobra financeira.
Após a reunião, alguns trabalhadores foram até a sede do sindicato com a intenção de pedir demissão. Eles foram orientados a requerer a rescisão indireta, um direito trabalhista que garante ao profissional a possibilidade de solicitar o desligamento da empresa diante de situações específicas.
O Marília Notícia apurou que alguns teriam cogitado a realização de uma greve, mas houve entendimento de que a ação não surtiria nenhum efeito, já que a produção foi paralisada.
Conforme informações do sindicato, no 5º dia útil de novembro os funcionários completarão dois meses sem receber salários. O pagamento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) não estaria sendo depositado há três anos.
Em nota, a assessoria de imprensa da Sasazaki informou que o mercado da construção tem crescido de forma lenta e com desaceleração em várias etapas da cadeia produtiva. Diante deste cenário, o grupo “deu continuidade a estruturações importantes, visando sua sustentabilidade”.
A empresa admitiu estar em atraso com o cumprimento do compromisso com os funcionários, mas não informou o valor da dívida, nem quanto seria necessário para quitar a situação financeira.
O Marília Notícia acompanha o caso.