Afetada pela seca, represa Cascata segue sem previsão de desassoreamento
Atingida por uma estiagem que já ultrapassou 100 dias em 2023, a represa Cascata está cada vez menor. A exposição dos barrancos de entorno e de bancos de areia expõem a agonia da principal fonte de abastecimento de água da zona leste de Marília.
Apesar do excesso de areia, não há previsão de desassoreamento da represa pela Prefeitura de Marília. A obra é de responsabilidade do Departamento de Água e Esgoto de Marília (Daem), que gerencia a captação de água.
Em resposta a requerimento enviado pela Câmara Municipal de Marília, o presidente da autarquia, Ricardo Hatori, informou, na última terça-feira (19), que seria necessária a execução de um projeto específico para “quantificação de serviços e custos”.
“Também é necessário a obtenção das licenças ambientais que irão definir a correta disposição do material a ser retirado, tendo em vista que não pode ser direcionado para qualquer local”, complementou Hatori.
NÍVEIS BAIXOS
O reservatório do Cascata era o único em situação de ‘alerta’, segundo classificação do Daem, até a atualização das 10 horas da manhã desta quinta-feira (21). As porcentagens são ajustadas de hora em hora na página de Reservação Diária [clique aqui]. Bairros da zona Leste, como Maria Izabel, Jardim Tropical e Parque das Esmeraldas, sofriam com falta de água e baixa pressão nas torneiras ontem (20).
Até então, o reservatório da Cascata estava com 47% de sua capacidade de armazenamento de água. Os do Distrito Industrial e do Acapulco apareciam pela metade – limite técnico para que também pudessem entrar no ‘status’ de alerta.
O Daem tem orientado a população a evitar o desperdício de água, seja com redução do tempo de banho ou em hábitos comuns da população, como a limpeza de calçadas e de áreas de serviço.
Por outro lado, a falta do abastecimento de água tem sido recorrente na cidade, conforme o MN tem publicado frequentemente. O serviço está em processo de licitação pela Prefeitura de Marília.