Pais de alunos pedem retorno de professora afastada de Emei
A Secretaria Municipal da Educação sofre uma grande pressão para reintegrar uma professora da Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) Monteiro Lobato, que foi afastada após polêmicas registradas com a direção da unidade escolar. Os pais dos estudantes pedem o retorno da docente e já até promoveram um abaixo-assinado para que ela volte a lecionar na unidade de ensino.
A professora foi afastada após a abertura de uma sindicância que investiga situações que teriam ocorrido dentro da escola. Na ocasião, a mãe de um menino de quatro anos denunciou para as autoridades que a diretora da Emei teria gritado com seu filho. A motivação seria uma torneira deixada aberta pela criança, que teria ido ao banheiro sozinha. Traumatizado, o garoto não quis mais voltar ao ambiente escolar.
As denúncias realizadas junto à Ouvidoria da Prefeitura de Marília, ao Conselho Tutelar e à Polícia Civil, ainda dariam conta de que a docente estaria fazendo mal a uma aluna com autismo. Diante dos registros, além da professora, a diretoria e a auxiliar de direção também foram afastadas.
De acordo com Renata Rezende, mãe da menina autista que acabou citada durante a polêmica, houve uma grande confusão, já que a docente não teria feito nada de errado.
“Infelizmente a gestão estava errando em muitos pontos, mas essa professora foi afastada de forma injusta. Não estão nos ouvindo, mesmo depois do abaixo-assinado e com provas de que ela é uma excelente profissional. A criança autista citada é a minha filha, mas a professora não fez nada com ela, pelo contrário, estava fazendo um ótimo trabalho com toda a turma”, afirma Renata.
Vários pais do Maternal II do período da manhã compartilharam mensagens sobre o carinho que a docente tinha com as crianças. Eles concordaram com o abaixo-assinado e continuam pedindo pelo retorno da profissional.
“Só tenho a agradecer por essa professora. Minha filha gosta muito dela e sente muita saudade. Mesmo sendo uma criança um pouco mais tímida em alguns momentos, percebi nesse ano uma mudança muito positiva nela e tenho certeza que é devido à didática utilizada. Estamos torcendo para que essa situação se resolva o mais rápido possível e pelo retorno da educadora ao convívio com a turma”, declara a mãe.
CONFUSÃO
Tudo começou quando a mãe de um garoto de apenas quatro anos de idade denunciou um castigo sofrido por seu filho, após esquecer a torneira do banheiro aberta, local onde ele teria ido sozinho, sem nenhuma supervisão.
Depois do incidente com a água no banheiro, ele foi levado para a diretoria e a responsável pela escola teria gritado com o garoto que, traumatizado, não queria mais retornar para a Emei. Ele também teria sido impedido de participar da escovação de dentes com os amigos.
Quando soube do ocorrido, a mãe registrou um boletim de ocorrência, acionou o Conselho Tutelar e também fez uma reclamação na Ouvidoria da Prefeitura de Marília. Após grande repercussão na imprensa e nas redes sociais, a Emei Monteiro Lobato cancelou a Festa da Família, que estaria na agenda de festividades, e no dia seguinte a sindicância foi aberta, com a diretora sendo transferida para outra unidade escolar.
A situação parecia ter sido resolvida, mas os pais de uma sala de aula foram surpreendidos pelo afastamento da professora de seus filhos, que não teria nenhum tipo de envolvimento com a história, mas que também foi transferida para outra escola.
OUTRO LADO
O Marília Notícia não conseguiu contato com as profissionais envolvidas no caso. O espaço está aberto para manifestações.