Justiça de Marília autoriza teste de sanidade mental para ‘irmãs do saco’
Após a Justiça de Marília homologar a desistência da realização dos exames de sanidade mental das irmãs Wania Santos Silveira, de 52 anos, e Andrea Santos Silveira de Sousa, de 48 anos, por manifestação do Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP), a defesa das suspeitas pediu e conseguiu autorização para que sejam realizados. As irmãs são suspeitas da morte do idoso Donizeti Rosa, de 60 anos, no Centro de Marília.
De acordo com publicação no Diário Oficial, o juiz Fabiano da Silva Moreno, da 3ª Vara Criminal de Marília, determinou que as duas irmãs fossem submetidas a exame médico-legal, instaurando-se o chamado “incidente de insanidade mental”, exame pericial que geralmente é instaurado quando há dúvidas sobre a saúde mental dos acusados e cujo objetivo é de verificar se, à época dos atos, os suspeitos do crime eram ou não inimputáveis.
As advogadas Alessandra Silva Damaceno e Laís Rocha, que defendem as suspeitas, foram nomeadas como curadoras das irmãs. O teste deve ser realizado por peritos credenciados, que deverão concluir o procedimento dentro de 15 dias, contados da intimação. O prazo poderá ser prorrogado, mediante representação escrita, se demonstrada a necessidade de maior tempo para conclusão dos trabalhos e elaboração do laudo.
O CASO
Wania e Andrea ficaram conhecidas como “irmãs do saco” após serem consideradas suspeitas da morte do idoso Donizeti Rosa, de 60 anos, encontrado embalado em sacos plásticos, no dia 9 de novembro de 2022, na região Central de Marília.
Imagens de câmeras de segurança ajudaram os policiais civis no esclarecimento do homicídio, menos de 12 horas após a descoberta do crime.
Elas foram detidas pela Polícia Militar (PM) por volta das 8h30, após um chamado sobre um possível roubo. As duas irmãs supostamente seriam vítimas de um assalto, mas se enrolaram ao explicar o ocorrido para os policiais, que passaram a suspeitar delas.
Os militares logo desconfiaram que as mulheres fossem as possíveis autoras do homicídio descoberto no dia anterior, levando as duas para a Central de Polícia Judiciária (CPJ).
Já na Delegacia de Investigações Gerais (DIG), foram apreendidos com elas o documento pessoal e um cartão bancário do idoso.
Os policiais civis também descobriram que Donizeti Rosa era debilitado e não tinha condições de se defender. Uma das suspeitas confessou ter agredido fisicamente a vítima pouco antes da morte e a mantinha amarrada no apartamento.
O idoso era aposentado e a polícia localizou alguns extratos bancários que indicavam empréstimos somados em R$ 25 mil em seu nome.
Para a Polícia Civil, a apreensão do cartão bancário de Donizeti com as irmãs, mesmo após o encontro do corpo, indica que elas tentariam continuar os saques de sua conta bancária, podendo, inclusive, causar prejuízos ao INSS.
Faça parte do grupo de WhatsApp do Marília Notícia. Entre aqui!