Mariliense Thiago Braz é suspenso provisoriamente por suspeita de doping
O atleta mariliense Thiago Braz, de 29 anos, campeão olímpico nas Olimpíadas Rio 2016 e medalhista de bronze em Tóquio 2020, foi suspenso provisoriamente pela Athletics Integrity Unit (Unidade de Integridade do Atletismo), por suspeita de doping. A suspeita recai sobre o uso de ostarina, uma substância que promove o aumento da massa muscular, sendo seu consumo considerado doping. Essa informação foi divulgada pela agência AP.
A Athletics Integrity Unit explicou que a suspensão provisória é uma medida aplicada a atletas, proibindo-os temporariamente de participar de competições ou atividades no atletismo, até que uma decisão final seja tomada durante uma audiência conduzida de acordo com as regras antidoping do atletismo mundial ou o código de conduta de integridade.
A ostarina é a mesma substância que levou à desqualificação da equipe masculina britânica de revezamento 4×100 metros nos Jogos de Tóquio, após o teste positivo de Chijindu Ujah. Ela tem efeitos anabolizantes, aumentando a massa muscular, a força e o desempenho.
Thiago Braz é uma das principais referências no salto com vara mundial, além das conquistas olímpicas, também ostenta uma medalha de prata no Mundial de Atletismo Indoor de Belgrado 2022. Recentemente, no dia 16 de julho, competiu na etapa de Silésia, na Polônia, da Diamond League, ficando em sexto lugar, após saltar 5.71m.
Ainda não há informações sobre quando o exame positivo de Thiago foi realizado. Tanto a Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) quanto a Autoridade Brasileira de Controle de Dopagem (ABCD) não foram notificadas sobre o caso até o momento.
Cabe destacar que a ostarina é uma classe nova de medicamentos, não aprovada pela FDA, sendo enquadrada como SARMS, ou seja, um modulador específico de receptores androgênicos. Seu uso é restrito e requer prescrição médica para manipulação, ainda estudada para tratamento da sarcopenia, perda de massa muscular relacionada à idade, mas não é indicada para atletas devido ao seu potencial de doping.
Embora ainda não haja estudos suficientes para determinar o tempo exato que a substância permanece no organismo, um exame antidoping pode detectar sua presença até 30 dias após o uso.
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