BBB é acusado de racismo e mariliense desabafa
O ‘Big Brother Brasil 16′ mal começou, mas já está causando polêmica nas redes sociais. O reality reformou toda a sua casa, inclusive a cozinha, onde aparece com um utensílio considerado racista por boa parte do público.
Acontece que o boneco-esponja é um negro de black power, com roupa no estilo anos 1970. Seu cabelo é usado como limpador de pratos, reforçando o estereótipo historicamente pejorativo em cima dos cabelos crespos.
O boneco foi lançado pela empresa britânica Paladone em 2012, e é considerado racista desde então. No Reino Unido, o lançamento provocou uma profunda discussão sobre a maneira como o negro é visto diante da sociedade.
A estudante mariliense Malu Guidinho, que foi Miss Beleza Negra de Marília em 2014, desabafou sobre o assunto.
“‘Ai gente, para de mimimi, para de se fazer de vítima. Foi só uma brincadeira’. É graças a esse tipo de brincadeira que passei anos da minha vida alisando o meu cabelo. É graças a esse tipo de brincadeira que praticamente toda semana eu escuto uma piadinha ou crítica na rua sobre o meu cabelo. Não, isso não é brincadeira. Não, isso não tem graça. Sim, isso é racismo: cabelo afro não é cabelo de bombril ou esponja pra ser usado para lavar louça!!!”, disse Malu.
O ‘BBB 16′ tem dois participantes negros. Adélia, de 36 anos, e Ronan, de 29. A Globo não quis se posicionar sobre a acusação.