Investimento bilionário da Nestlé abrange fábrica de Marília
A Nestlé anunciou o investimento de R$ 2,7 bilhões em sua operação de chocolates e biscoitos no Brasil. Os recursos serão implementados até 2026 e têm como objetivo ampliar e modernizar as linhas de produção das fábricas dessas categorias.
Parte dos recursos está garantida para a fábrica em Marília, bem como de Caçabava (SP) e Vila Velha (ES). Segundo a empresa, juntas, as plantas empregam mais de quatro mil pessoas. Além de abastecerem o mercado nacional, as unidades são polos de exportação para mais de 20 países.
Com o investimento, a Nestlé promete forte aceleração das tecnologias da indústria 4.0, automação e utilização de dados e robôs. “A empresa impulsiona a transformação digital no ambiente industrial, trazendo mais eficiência para a produção e inteligência operacional”, estima a companhia.
Os detalhes dos investimentos, especificamente na unidade de Marília, não foram divulgados.
EXPORTAÇÕES LOCAIS
De acordo com a Balança Comercial do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, só nos primeiros seis meses de 2023, Marília exportou US$ 7,6 milhões em produtos de confeitaria sem cacau (incluído o chocolate branco), um aumento de 2,7% em relação ao mesmo período do ano passado.
Já produtos da indústria de bolachas e biscoitos, mesmo adicionados de cacau, somam US$ 3,6 milhões, significando um avanço de 17,2%. Chocolate e outras preparações alimentícias contendo cacau alcançaram US$ 2,3 milhões, um aumento de 28,1% em relação a 2022.
ALTO VALOR
De acordo com a Nestlé, o aporte é três vezes superior ao montante investido nos últimos quatro anos e vem para acelerar a estratégia de crescimento da ‘Confectionery’ (chocolates e biscoitos) na Nestlé Brasil, que responde por fatia relevante dos negócios da multinacional.
Segundo Patricio Torres, vice-presidente de biscoitos e chocolates da Nestlé Brasil, a operação brasileira da Nestlé vem crescendo de forma consistente e sustentável ao longo dos anos. “Apenas nos últimos 12 meses, apresentamos um aumento de 24%, com base na alta demanda no Brasil pelo portfólio de chocolates e biscoitos”, explica.