Com quase seis estupros por mês em Marília, 80% das vítimas são crianças
O Brasil registrou no ano passado o maior número da história de casos de estupros, levando em conta os casos de vulneráveis. Em Marília, foram 69 registros, com uma média de quase seis ocorrências por mês.
Segundo dados da 17ª edição do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgados nesta quinta-feira (20), o país teve 74.930 vítimas em 2022. Neste ano, até maio, 39 vítimas sofreram violência sexual em Marília. A maior parte das vítimas é menor de 14 anos.
O levantamento leva em conta apenas as ocorrências que foram informadas às autoridades policiais. Como nem todos os casos são registrados, existe a possibilidade de uma subnotificação.
Segundo o Anuário, 2022 teve o maior número de registros. Um crescimento de 8,2% na comparação com 2021, quando foram 68.885 ocorrências.
Em Marília, na comparação entre 2021 e 2022, foi registrado aumento de 4,5%. Foram 69 crimes no ano passado, com média de 5,75 estupros por mês, sendo considerados 13 estupros e 56 estupros de vulnerável. No ano anterior, Marília teve 17 estupros e 49 estupros de vulnerável, totalizando 66 crimes sexuais.
VIOLÊNCIA INFANTIL
Nesta semana, uma garota de apenas 14 anos foi vítima de abuso sexual praticado por um idoso de 65 anos. O homem foi preso em flagrante por policiais civis da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) e do Setor de Investigações Gerais (SIG).
Os dados de junho e julho ainda não foram divulgados pela Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo. De janeiro a maio deste ano, foram sete estupros e 31 estupros de vulnerável em Marília, totalizando 38 crimes sexuais.
Nos últimos anos, a cidade vem presenciando um aumento na porcentagem dos estupros de vulnerável. Em 2021, com 49 casos, os estupros de vulneráveis significaram 74,2%. No ano passado, foram 56 crimes, totalizando 81,2% do total. Em 2023, até maio, eles já somam 81,6% dos casos.