Mundial Feminino tem início nesta quinta e marilienses vivem expectativa de estreia do Brasil
Apesar do início da competição nesta quinta-feira (20), o Brasil estreia na Copa do Mundo Feminina somente na próxima segunda (24). A cidade de Marília, porém, já vive a expectativa para a realização das partidas com participação de atletas brasileiras. Um grande número de marilienses pretende acompanhar os jogos e torcer para que o país conquiste o título.
Após a estreia no mundial contra o Panamá, às 8h, as brasileiras jogarão diante da França, no dia 29 de julho (sábado), às 7h. O último jogo da primeira fase do mundial será no dia 2 de agosto (quarta-feira), às 7h, contra a Jamaica.
A professora Débora Maria Alves Úngaro está ansiosa para assistir aos jogos da Seleção Brasileira. Ela espera que as jogadoras representem a classe feminina e possam conquistar o título mundial. Torcedora do São Paulo, ela tem expectativa nas atuações de Marta e Débinha durante a Copa do Mundo.
“Estou na expectativa e desejo que façam mais que bonito, para representar a classe feminina. Tenho visto alguma coisa na mídia, mas não muito por causa da nossa correria diária. A Marta e a Débinha, minha xará, são destaques, mas torço para que todo o time jogue bem, pois uma equipe não funciona apenas com uma ou duas. Todas precisam fazer o melhor e a força de cada uma é importante”, analisa a professora.
Ela ainda espera uma definição se haverá liberação para acompanhar os jogos. Úngaro acredita que o espaço para as mulheres foi ampliado no esporte, mas espera que aumente ainda mais.
“Se eu for dispensada do trabalho, vou fazer uso disso para assistir. Por enquanto, estou só esperando uma definição. Acho que foi ampliado o espaço para as mulheres. Falta muito ainda para alcançar, mas está sendo bem mais divulgado. Espero que isso seja intensificado, para ficar pareado com os homens”, afirma Débora.
O jornalista Gustavo Leme também está ansioso para acompanhar a Copa do Mundo. Ele conta que sua filha de apenas dez anos já quer saber quantos dias faltam para a disputa da competição mundial.
“Minha menina já está perguntando sobre os jogos. Escutei uma fala do PVC (Paulo Vinícius Coelho), questionando se as pessoas sabem com que pé as filhas chutam. Se você não sabe isso, podemos perceber como está o futebol feminino no Brasil. Temos um futsal muito forte em Marília, mas não temos uma liga, um campeonato amador. É preciso desse incentivo para o surgimento de novos talentos, mas parece que está começando a criar um movimento e eu creio que a Copa do Mundo, bem trabalhada, passando na TV, pode ajudar”, diz Leme.
Vanessa de Souza Gomes, Vanessa Jardim e Silvana Leite trabalham na área da limpeza da Unesp em Marília. Elas entram às 6h no trabalho e ainda não sabem se vão conseguir acompanhar as partidas da Seleção Brasileira.
“Vamos trabalhar, mas se houver a oportunidade de assistir, vamos acompanhar. Geralmente costumam liberar a gente para assistir em casa. Estamos torcendo muito para que isso aconteça. O Brasil tem a Marta e acho que ainda é a melhor do mundo. Ela pode fazer muita coisa pela Seleção”, diz Silvana.
JUNTAS PELO BRASIL
Uma das atletas do futsal e do futebol feminino de Marília, Kettilen Wynne Silva de Moura, que atualmente está em Ourinhos, na disputa dos Jogos Regionais, acredita que o Brasil possa faturar o título da competição. Ela disse que acompanha os jogos e pretende assistir a competição com as demais atletas da equipe mariliense.
“Quando acabarem os Jogos Regionais, eu vou tentar assistir. Gosto muito disso e o nosso time aqui de Marília às vezes se reúne para um churrasquinho e torcer um pouco. Somos muito patriotas e vai ser legal. É bom reunir o time e colocar todo mundo para torcer junto”, afirma Wynne.
A atleta conta que a expectativa é alta. Ela acredita que a Seleção Brasileira seja muito boa, mesclando experiência e juventude, sempre com muita garra. Essa mistura, segundo a jogadora, pode render um título para o Brasil.
“Deixa o favoritismo para outros países, que a gente vai trabalhando devagarzinho. Creio que vai dar certo. Gosto muito do futebol da Débinha, que é muito talentosa e o motorzinho do time. Isso que está acontecendo hoje é muito legal para quem está começando no esporte e também para nós que estamos há algum tempo na caminhada. O Brasil tem potencial para ser um dos melhores do mundo. Vamos torcer do começo ao fim”, diz a atleta.
TORCIDA ESTRANGEIRA
A empreendedora angolana Glória Daniel pretende acompanhar as partidas da Copa do Mundo. Ela afirma ter interesse na disputa e que torcerá pelo Brasil.
“Pretendo assistir a Copa do Mundo, claro. Mais ainda por ser uma competição de mulheres. Gosto de futebol, mas não sou muito de acompanhar, pois costumo ficar muito nervosa. Acompanhei o mundial passado, masculino. Sabendo que vai ter essa nova disputa, vou acompanhar”, afirma a empreendedora.
Glória contou que a Angola se destaca no basquete e também no handebol feminino, sempre com equipes fortes nas competições africanas. Ela contou que em seu país as pessoas costumam torcer pelo Brasil no futebol e para outros países que falam português.
“A gente torce sempre pelo Brasil e países que falam português. Mas gosto também de equipes que têm os melhores jogadores do mundo, como Argentina, Espanha e Inglaterra, além de outros países africanos como Nigéria, Senegal, Camarões e Marrocos, que chegou na semifinal do último mundial”, revela a angolana.
FIGURINHAS DA COPA
Existe ainda uma expectativa para a chegada dos álbuns e figurinhas da Copa do Mundo Feminina em Marília. De acordo com a comerciante Neusa Polizer, do Sebo Universitário, os produtos devem chegar após dia 30 de julho. Ela comprou em menor quantidade, já que no mundial masculino sobraram exemplares do álbum.
“Compramos menos do que no mundial passado, mas já temos alguns clientes que estão procurando e vamos ter o álbum e as figurinhas para vender. Vamos incentivar o futebol feminino. Não achamos que vai vender tanto. Já tem uma procura, mas não é muito grande. Pegamos uma quantidade pequena e vamos pedindo mais conforme a necessidade, para não ficarmos com estoque parado”, conta Neusa.