Mãe de aluna reclama de queimadas constantes perto de escola na zona Sul
As queimadas registradas quase todos os dias em um terreno nas imediações do Parque do Povo tem provocado grandes transtornos para estudantes da Escola Estadual Emico Matsumoto Geógrafa e moradores do bairro Nova Marília, na zona Sul da cidade. A fumaça tem intensificado problemas de saúde, principalmente para quem tem asma e encontra dificuldades para respirar.
De acordo com Babi Dias, mãe de uma estudante de 13 anos da escola, o problema tem afetado os estudantes. A filha tem asma e passa mal sempre que a fumaça da queimada atinge a unidade de ensino.
“A Prefeitura de Marília joga o material lá, perto do Parque do Povo, depois alguém vai e joga fogo. Antes, o Corpo de Bombeiros vinha para apagar, mas não está mais vindo. São 240 estudantes em período integral na escola, que sofrem com a quantidade de fumaça. Essa semana eu precisei buscar minha filha, que teve uma crise de asma e ela ficou três dias em casa”, conta a moradora da zona Sul de Marília.
Babi explicou que a direção da escola já fez diversas reclamações, mas mesmo assim o problema persiste, atrapalhando todos do bairro. Ela disse ainda que o local problemático fica cerca de 100 metros distante da escola.
“Não é apenas minha filha, mas várias outras crianças na mesma situação. A diretora não tem mais o que fazer, pois sempre reclama e nunca resolvem isso. Como a queimada é na parte baixa e a escola fica mais para cima, toda a fumaça vai direto para lá. Isso acontece praticamente todos os dias, com a fumaça encobrindo metade do bairro Nova Marília”, conta Babi Dias.
A fumaça de queimadas, assim como a poluição típica dos centros urbanos, atua como fator de risco para a exacerbação dos sintomas de asma. De acordo com a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), a poluição ambiental e a fumaça de cigarro podem piorar um quadro da doença.
O Marília Notícia entrou em contato com a Prefeitura de Marília para questionar sobre o descarte de material nas proximidades do Parque do Povo. A demanda ainda cobrava informações sobre o fogo ateado no local e um posicionamento sobre o assunto, mas até o fechamento desta reportagem nenhuma resposta havia sido fornecida pela Administração Municipal.