Marília conta com 5,04 médicos por mil habitantes
Uma das mais perversas realidades da saúde pública no Brasil é a distribuição inadequada de profissionais médicos pelo país, o que acaba causando a falta destes profissionais em diversas regiões e dificulta o desenvolvimento da saúde. Por consequência, impossibilita também a melhoria dos indicadores sociais do território onde há carência de profissionais. Apesar da perspectiva ruim, felizmente, essa não é a realidade verificada em Marília, que conta com números acima da média.
A taxa de médicos por mil habitantes em Marília é bem maior do que média nacional e estadual. No município são 5,04 médicos a cada mil habitantes, enquanto no Brasil são 2,65 e em São Paulo 3,70.
Os dados municipais são do Conselho Federal de Medicina (CFM) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No total, de acordo com o levantamento, são 1.177 médicos em atuação em Marília, sendo que 968 destes atendem pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e 209 são exclusivamente particulares.
Ao todo, são 353 clínicos gerais, 148 pediatras, 80 residentes, 72 cardiologistas, 51 psiquiatras, 47 oftalmologistas, 40 ginecologistas obstetras, 39 radiologistas, 38 médicos de saúde da família, 37 anestesistas, 35 ortopedistas e traumatologistas, 31 neurologistas, 20 cirurgiões gerais, 20 oncologistas, 19 dermatologistas, 16 otorrinolaringologistas, 13 médicos do trabalho, 13 endocrinologistas, 11 cirurgiões plásticos, dez angiologistas e dez gastroenterologistas.
A cidade conta ainda com dez nefrologistas, seis médicos intensivistas, cinco infectologistas, quatro que atuam com acupuntura, quatro cancerologistas pediátricos, três alergistas e imunologistas, três especialistas em cirurgia do pescoço, três cirurgiões do aparelho digestivo, três hematologistas, três neurocirurgiões, três pneumologistas, três reumatologistas, dois anatomopatologistas, dois cardiologistas intervencionistas e dois cirurgiões pediátricos.
Marília ainda tem dois cirurgiões vasculares, dois fisiatras, dois geriatras, dois homeopatas, dois urologistas, um cirurgião cardiovascular, um cirurgião torácico, um generalista alopata, um especialista em medicina preventiva e social, um nutrólogo, um patologista clínico, um radioterapeuta e um médico sanitarista.
REGIÃO
Cidades próximas não apresentam a mesma realidade de Marília. Em Garça, que conta com cerca de 42 mil habitantes, são 1,77 médicos por mil habitantes, totalizando apenas 75 profissionais. Já em Bauru são 1.171 médicos. A cidade tem seis médicos a menos que Marília e uma taxa de 3,19 médicos por mil habitantes.
Assis conta com 411 médicos e taxa de 4,02 médicos por mil habitantes. Com 70 médicos, Paraguaçu tem média de 1,58 médicos por mil habitantes. Ourinhos conta com 274 profissionais e uma média de 2,46 médicos por mil habitantes.
CRESCIMENTO
Segundo os registros dos Conselhos de Medicina, o número de profissionais mais que dobrou nos últimos 20 anos, passando de aproximadamente 200 mil em 2000 para um contingente de 564 mil em fevereiro de 2023. Com isso, a razão de médicos por mil habitantes ficou em 2,65.
Dados divulgados recentemente confirmam que o Brasil teve uma das maiores taxas de crescimento na densidade de médicos por habitantes no período.
O atual índice brasileiro já é compatível com os de países como Estados Unidos, que tem 2,6 médicos por mil habitantes, Canadá (2,7), Japão (2,5), Coreia do Sul (2,5). O percentual brasileiro é maior do que o registrado, por exemplo, na China (2), na África do Sul (0,8) e na Índia (0,8).