Maiza Komatsu recebe título de ‘Cidadã Mariliense’
Por iniciativa do vereador Elio Ajeka (PP), a professora e artista Maiza Ayako Manna Komatsu recebe nesta sexta-feira (5) o título de Cidadã Mariliense, da Câmara de Marília pelos relevantes serviços prestados à cidade.
A homenageada nasceu em Lutécia, filha de Kazuo Nakayama e de Takano Nakayama, imigrantes de Okayama-ken, Japão, que chegaram ao Porto de Santos a bordo do navio Manila Maru, em 23 de maio de 1935.
Maiza Komatsu é viúva do senhor Ricardo Rintaro Komatsu, oficial de farmácia e comerciante da Farmácia Guarani, mãe de Ricardo Shoiti Komatsu, médico e professor da Faculdade de Medicina de Marília (Famema), e de Sérgio Hissao Komatsu, farmacêutico.
Maiza completou 85 anos no último dia 29 de setembro de 2022 e relembrou a infância, quando ainda residia na zona rural, e a sua mãe já fazia arranjos florais.
Em 1971, ela foi realizar um curso de culinária com Rosa Kodama e acabou reencontrando a arte flora japonesa Ikebana da tradicional Escola Ikenobo da qual Rosa era adepta e professora. Após décadas de prática da arte floral Ikebana Ikenobo, workshops com mestres da escola Ikenobo de Kyoto, Japão, exposições no Brasil e no exterior, e já com estímulo e supervisão da professora Emilia Tanaka, filha de Rosa Kodama, e diretora da Escola Kado lemoto Ikebana Latin America de São Paulo, começou a lecionar em 1988.
Em 1997 esteve na sede da Escola Ikebono em Kyoto, Japão, para workshops de aprimoramento e, em 2000, participou de uma exposição em Lugano na Suíça, e recebeu o grau de mestre da Escola Ikenobo das mãos do grão-mestre Sen Ei Ikenobo.
Atualmente, é a única professora da Escola Ikebana Ikenobo em Marília e região, mantendo a tradição milenar japonesa viva não somente pelos arranjos florais, mas especialmente pela filosofia da Escola Ikenobo: encontrar a beleza e o equilíbrio da vida por intermédio do arranjo floral.
Ikebana é um dos aspectos representativos da japonesa, e ikebana começou com Ikenobo.
Diz-se que o Templo Rokkakudo foi fundado pelo príncipe Shotoku há cerca de 1.400 anos. Os sacerdotes que faziam oferendas de flores no altar budista deste templo viviam perto de uma lagoa (a palavra japonesa ike*), em uma pequena cabana (chamada bo”). Por esta razão, as pessoas começaram a chamar os sacerdotes pelo nome de “Ikenobo”
Em 1462, o nome Senkei Ikenobo apareceu pela primeira vez nos registros históricos como “mestre dos arranjos florais”. Senno Ikenobo, que estava ativo no final do período Muromachi (meados do século 16), estabeleceu a filosofia de ikebana, completando uma compilação de ensinamentos de Ikenobo chamada “Senno Kuden”. Senno Ikenobo ensinou: “Não apenas flores bonitas, mas também botões e flores murchas têm vida, e cada uma tem sua própria beleza. Ao arranjar flores com reverência, a pessoa se refina. Arranjar flores e encontrar beleza nas flores estão ligados a um coração de quem valoriza a natureza e se preocupa com as outras pessoas. Este é o espírito de Ikenobo Ikebana.
A cerimônia de entrega do título de Cidadã Mariliense à Maiza Ayako Manna Komatsu acontece nesta sexta-feira (5), a partir das 20h, na Câmara de Marília e terá transmissão, ao vivo pela TV Câmara.