Alta demanda faz com que Marília transfira crianças
Os primeiros três meses do ano apresentaram aumento no número de atendimentos pediátricos em Marília. A maior parte das crianças deu entrada nas unidades de saúde com sintomas respiratórios. Com a grande demanda, houve necessidade de transferências para hospitais de cidades da região.
De acordo com dados da Prefeitura de Marília, os atendimentos médicos em geral subiram 9%, ou seja, de 84.995 no primeiro trimestre de 2022 para 92.324 no mesmo período deste ano. Os atendimentos pediátricos, aqueles voltados a crianças com até 14 anos, subiram 7% em 2023 – de 12.371 para 13.238.
Janeiro apresentou uma ligeira queda nos atendimentos infantis, que passaram de 3.886 em 2022 para 2.787. Contudo, nos dois meses seguintes, houve um aumento nos atendimentos de crianças nas Unidades de Saúde da Família (USFs) e Unidades Básicas de Saúde (UBSs).
Foram 3.786 em fevereiro do ano passado e 3.914 no mesmo período deste ano, crescimento de 3%. Março registrou alta ainda maior de 35%, ao saltar de 4.699 para 6.537.
Segundo a Prefeitura de Marília, as unidades de saúde da Atenção Primária funcionam de segunda a sexta-feira, das 7h às 17h, sendo responsáveis pelos atendimentos programáticos, por meio de consultas agendadas, de hipertensos e diabéticos.
Essas mesmas unidades também realizam o pré-natal, puericultura (acompanhamento da criança desde o nascimento), atendimentos domiciliares de pacientes acamados, entre outros. Além disso, fazem atendimentos de demanda espontânea para usuários com queixas agudas.
A média de atendimentos habituais é de 25.600 por mês, mas durante os três primeiros meses do ano, esse número foi ultrapassado. Com a alta na demanda, houve necessidade de transferências, com crianças sendo encaminhadas para hospitais de Santa Cruz do Rio Pardo e de Assis.
Apesar da confirmação das transferências, a Prefeitura não informou o número de crianças que precisaram ser encaminhadas para outras cidades.
MATERNO INFANTIL
O Hospital Materno Infantil (HMI) de Marília informou que, nas últimas semanas, houve um aumento nos atendimentos devido à sazonalidade de doenças características deste período do ano, o que sobrecarregou os serviços da região.
A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP) reforçou que mantém diálogo constante com os gestores da região de Marília, a fim de apoiar no fortalecimento e ampliação da assistência necessária à população.
Em nota, a SES-SP ressaltou que a regulação estadual é realizada pela Central de Regulação de Ofertas de Serviços de Saúde (Cross), um serviço intermediário que monitora pacientes de todos os 645 municípios, com a finalidade de auxiliar na transferência entre os serviços de origem e de referência, identificando vaga no hospital mais próximo e apto a cuidar do caso.
A SES-SP destacou ainda que o SUS é tripartite e a autorização/habilitação de leitos não é prerrogativa exclusiva do Estado, mas também do Ministério da Saúde e dos municípios.