Marília está há quase três meses sem veneno para nebulização
A cidade de Marília continua sofrendo com a falta de um dos inseticidas para o controle do Aedes aegypti. Desde janeiro de 2023, o município não recebe o veneno Imidacloprida + Praletrina, também conhecido como Cielo, usado no controle do mosquito na sua forma adulta, através da borrifação espacial “fumacê”, também chamada de nebulização. Já são 80 dias sem o produto.
O problema, de acordo com o Ministério da Saúde do governo federal, teve início no final de 2021. Segundo informações enviadas pela pasta a pedido do Marília Notícia, a gestão anterior teria tido problemas na aquisição do inseticida, o que resultou no atraso do fornecimento, o que atingiu estados e municípios.
Em Marília, graças a um trabalho de otimização do uso do veneno, o município conseguiu “segurar as pontas” até o final do ano passado. Com 118 casos confirmados na cidade e risco de surto, o momento é de colaboração e cuidados.
O Governo ainda ressalta que a nebulização é uma ferramenta para o controle vetorial que deve ser utilizada apenas em situações emergenciais, para bloqueio de transmissão, quando todas as outras pedidas forem insuficientes.
“Nenhuma medida é eficaz isoladamente, ou seja, as demais atividades de controle vetorial precisam ser desenvolvidas de forma integrada, incluindo o controle mecânico, como a eliminação de possíveis criadouros; tratamento com larvicidas nos criadouros que não posam ser eliminados; orientações para a população sobre cuidados preventivos relativos às arboviroses; mobilização e participação social”, diz o texto.
NORMALIZAÇÃO
Em nota, a atual gestão do Ministério da Saúde confirma que sanou as questões pendentes na aquisição do veneno em questão e aguarda o recebimento do produto, com expectativa de chegada ao país nas próximas semanas.
A pasta ainda ressalta que não há desabastecimento dos outros tipos de inseticidas utilizados no controle vetorial.