Vídeo mostra ação de assassino em bar na zona Sul de Marília
A Polícia Civil concluiu nesta última quarta-feira (15) o inquérito policial que apurou o assassinato do comerciante Alexandre Ferreira, de 40 anos, ocorrida dentro de um bar no bairro Jóquei Clube, zona Sul, em dezembro do ano passado. Apontado como autor do crime, Thiago Xavier Correia de 33 anos, mais conhecido como Buiu, permanece foragido.
O Marília Notícia obteve com exclusividade imagens que mostram a movimentação no momento do homicídio. Segundo a Polícia Civil, é possível ver o momento em que Buiu se aproxima do local dos fatos. O acusado surge próximo a uma faixa de pedestre e segue sentido ao bar da vítima.
Na data, o suspeito trajava calça, boné e uma camiseta com mangas. Pouco tempo depois, o homem aparece correndo em sentido contrário, entra no bar e deixa o local correndo oito segundos depois.
Segundo a apuração da Polícia Civil, o autor surpreendeu a vítima em rápida ação, sem que ela tivesse condições de se defender, atingindo sua cabeça. O motivo do crime teria sido em decorrência de desacerto relacionado ao tráfico de drogas.
Várias diligências foram realizadas pelos investigadores de Marília, para cumprimento da prisão temporária, mas o suspeito não foi localizado.
O delegado titular da Delegacia de Investigações Gerais (DIG), Luís Marcelo Perpétuo Sampaio, solicitou a prisão preventiva de Correia. O Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) deve se manifestar nos próximos dias sobre o pedido e a Justiça vai decidir se concede ou não o pedido.
DENÚNCIA
Na última quinta-feira (16), o promotor Rafael Abujamra ofereceu a denúncia contra o acusado. Consta no documento, que o crime ocorreu no dia 24 de dezembro de 2022, por volta das 16h, dentro de um bar situado na avenida Jóquei Clube, 280, às margens da Rodovia Transbrasiliana (BR-153).
Segundo o MP, teria sido apurado que Thiago Xavier Correia, vulgo Buiu, e a vítima Alexandre Ferreira possuíam desacerto decorrente do comércio de drogas na região, motivo pelo qual o acusado passou a ameaçá-la.
O texto narra que, no dia fatos, impelido por motivo torpe Correia se muniu com uma arma de fogo e se dirigiu até o bar pertencente à vítima.
No local dos fatos, de acordo como o MP, o acusado entrou, quando a vítima estava distraída elaborando a contabilidade do estabelecimento, sacou a arma e fez o disparo à queima-roupa. Alexandre foi atingido na cabeça e o autor fugiu.
“Ante o exposto, denuncio a Vossa Excelência Thiago Xavier Correi, vulgo Buiu, como incurso no art. 121, §2º, I e IV, do Código Penal, e requeiro que, recebida e autuada esta, se instaure o pertinente processo penal, em conformidade com o disposto nos artigos 406 e ss., do Código de Processo Penal, citando-se o denunciado para interrogatório e acompanhamento dos demais atos procedimentais, sob pena de revelia, ouvindo-se no decorrer da instrução as testemunhas do rol a seguir apresentado e prosseguindo-se o feito, com a pronúncia do réu e sua submissão a julgamento pelo Egrégio Tribunal do Júri desta Comarca até final condenação”, diz o promotor.
CRIME
O crime aconteceu no dia 24 de dezembro, véspera de Natal. A Polícia Militar (PM) contatou o Plantão Policial, às 17h, informando um homicídio em estabelecimento que margeia a Rodovia Transbrasiliana (BR-153), no trecho urbano da avenida Jóquei Clube.
No local, os policiais verificaram que a vítima e um amigo estavam no local no momento dos fatos. Familiares de Ferreira disseram que ele estava sendo ameaçado há algumas semanas por um traficante de drogas.
A perícia constatou que a vítima foi alvejada apenas com um tiro na cabeça. Foi localizada uma máquina caça-níquel em funcionamento no estabelecimento.
A testemunha contou que estava no bar do amigo e os dois conversavam e faziam anotações no caderno sobre a contabilidade do comércio.
Em dado momento, enquanto a testemunha estava de costas para a porta próximo à geladeira, ouviu um forte estampido de disparo de arma. A vítima se encontrava do outro lado, próximo à ponta do balcão.
Assustada, a testemunha contou que agachou no chão e ficou por uns cinco minutos em choque. Na sequência, já observou Ferreira no chão sangrando bastante por uma marca de perfuração na cabeça.
Ao perceber que estava em segurança, a testemunha se levantou e com a moto de um amigo, que estava em outro bar próximo, se dirigiu até a casa da esposa de Ferreira.
A testemunha e a mulher da vítima foram ao bar, onde a esposa tentou, desesperada, reanimar o marido. No nervoso, ela acabou danificando os bancos de madeira e atirando garrafas de cerveja no chão. O pai da mulher acionou o Samu e a PM.
A Polícia Civil apreendeu um celular de uso da vítima, o HD da máquina caça-níquel e valores em espécie.