Reajuste no preço dos combustíveis chega às bombas de Marília
Os postos de combustíveis de Marília já registram, desde quarta-feira (1º), aumento de R$ 0,40 no preço da gasolina, estimulado pela reoneração parcial que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou na terça (28).
Apesar do impacto no etanol ter sido mínimo, a cidade já registra também acréscimo de R$ 0,20 nas bombas.
De acordo com o proprietário Felipe Boiça, enquanto na semana passada era possível encontrar gasolina a R$ 4,69, hoje está por volta de R$5,09. Já o derivado da cana-de-açúcar, de R$ 3,37 foi para R$ 3,57.
“Temos ciência de que o aumento no etanol não é por conta do imposto. O preço das usinas, no decorrer da semana passada, já havia subido em torno de 20 centavos”, explica Boiça.
O anúncio de Haddad confirmou a elevação de R$ 0,47 por litro da gasolina e R$ 0,02 por litro do etanol.
Antes da fala do ministro, porém, a Petrobras informou que, a partir desta quarta-feira (1º), o preço médio de venda da gasolina para as distribuidoras cairia de R$ 3,31 para R$ 3,18 por litro, com redução de R$ 0,13. Por esse motivo, a alta da gasolina deveria ficar em R$ 0,34 nos postos de combustíveis.
O repasse efetivo do aumento das alíquotas aos consumidores depende das distribuidoras e dos postos, que possuem liberdade para praticar preços.
“Conseguimos segurar o preço antigo até quarta, porque tínhamos estoque. Chegou a fazer fila para abastecer durante o dia. Quinta de manhã as bombas já estavam com os valores atualizados”, conta Felipe.
CONSUMIDOR
O zelador de edifícios Diego de Oliveira Proença Hashimoto, de 32 anos, já começou a sentir no bolso o reajuste.
Morador do Jardim Maracá, zona Norte de Marília, ele usa seu carro todos os dias para trabalhar em um residencial na região do Aeroporto, região Leste.
“São quase 35 quilômetros por dia. Só posso colocar gasolina, porque meu veículo não é flex. Acabo gastando R$ 700 por mês só com combustível”, lamenta.
De acordo com Hashimoto, o consumidor está sempre pagando, mesmo sem receber nada em troca. “Ainda tem manutenção, impostos, pedágio para todo o lado, IPVA. É um absurdo, porque não recebemos nenhum benefício para nenhum reajuste de preço”, conclui o zelador.