Segundo suspeito de latrocínio é preso pela Polícia Civil
Policiais civis da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Lins (distante 72 quilômetros de Marília) e do Setor de Investigações Gerais (SIG) de Guaimbê (distante cerca de 40 km) prenderam Cristiano Fernando Roque de Souza, de 29 anos, mais conhecido como Burca, suspeito de envolvimento no latrocínio do idoso Tadao Tanikawa, de 78 anos, em propriedade rural na Fazenda do Estado, distrito de Marília. A participação de um terceiro envolvido no crime está sendo apurada.
A primeira prisão relacionada ao caso foi de Luciano Roque de Souza, de 26 anos, mais conhecido como Guila. O acusado foi detido por policiais da DIG de Marília, no dia 7 de fevereiro, em residência na rua Odilon Alexandrino, em Guaimbê. Logo no dia seguinte, por volta das 11h, agentes de Lins e Guaimbê encontraram Burca, irmão do primeiro suspeito, no quilômetro 198 da rodovia Transbrasiliana (BR-153).
Em depoimento para a Polícia Civil, Guila contou que passava por necessidades e combinou com o irmão de furtarem um saco de milho da propriedade rural em que já haviam trabalhado. Um terceiro, que não teve o nome divulgado, teria sido convidado para levá-los no próprio veículo até o local.
Em oitiva, o suspeito revelou que o trio teria ido até a propriedade rural no final da tarde. O condutor do veículo teria deixado os irmãos no local e combinado em retornar posteriormente para buscá-los.
Assim que colheram dois sacos de milho, Guila e Burca teriam ligado para o comparsa buscá-los, momento em que uma pessoa teria surpreendido a dupla com um facão. Guila, então, teria se apossado de um pedaço de madeira e batido no homem, que teria fugido em seguida. O acusado afirmou à polícia não saber em quem bateu e negou envolvimento na morte de Tadao Tanikawa.
O caso é apurado como latrocínio pela Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Marília, sob o comando do delegado Luís Marcelo Perpétuo Sampaio. O nome do terceiro suspeito de ter praticado o crime na Fazenda do Estado não foi divulgado.
CRIME
De acordo com a Polícia Civil, a DIG foi informada sobre o crime na manhã do dia 11 de janeiro. A vítima morava com a irmã, Yoshie Tanikawa, de 73 anos. Na noite anterior, Tadao teria entrado na casa ensanguentado e com ferimento na cabeça, pedindo para que ela se escondesse no matagal, pois havia “ladrão” na propriedade.
A idosa se refugiou em um pomar e passou a noite escondida ao relento, embaixo de forte temporal, tentando se equilibrar em cima de um pé de abacate.
Tadao Tanikawa apresentava ferimentos na cabeça, boca e nuca, produzidos por objeto contundente. Ele também sofreu uma pequena perfuração na nuca, provavelmente causado por objeto perfurante.
Foram realizadas buscas pelo local, mas o objeto utilizado para agredir a vítima não foi localizado. O idoso teria entrado em luta corporal com os invasores, pois um pedaço da parte superior da dentadura e um pedaço da camisa da vítima foram encontrados próximos à entrada da garagem aberta e foram fotografados pela perícia.
De alguma forma, mesmo ferida, a vítima teria conseguido entrar no carro e sair da propriedade pela estrada de acesso, quando acabou por encalhar num buraco de erosão, do lado direito da pista, causado pelas fortes chuvas que atingiram a região no período. O idoso teria conseguido descer do veículo, por meios próprios, quando caiu logo abaixo, onde foi encontrado sem vida.
Tadao Tanikawa guardava valores em dinheiro na residência, mas não foi possível apurar junto aos familiares quanto de dinheiro foi roubado. A propriedade era guarnecida por dez cães, sendo que somente um ficava solto no período noturno.