Suspeito de participar de morte segue foragido
Permanece foragido Douglas de Oliveira Morais, vulgo “Neno”. Segundo a Polícia Civil, o homem é suspeito de envolvimento no assassinato de Mauro Pereira da Silva Júnior, mais conhecido como “Dino”, em crime ocorrido no bairro Chácara São Carlos, zona Oeste. O desentendimento teria começado em uma partida de futebol, no Jardim Cavallari, mesma região
De acordo com a Delegacia de Investigações Gerais (DIG), o crime ocorreu no dia 23 de novembro do ano passado, por volta das 22h, entre as ruas Piratininga e Antônio Gimenez Castilho.
A vítima foi baleada por tiro disparado da garupa de uma motocicleta. A bala transfixou a perna esquerda de Dino, o que lhe causou intensa hemorragia.
Segundo a polícia, perto do local foram localizados estojos do calibre .40. Durante as investigações, os policiais teriam apurado que o autor do disparo que atingiu a vítima foi Marcos Vinicius da Silva de Souza, vulgo Marquinho.
Em seguida, chegaram outros homens a pé e também de motocicleta, sendo que um deles – identificado como Neno – efetuou outros disparos na direção de Dino [que já tinha sido baleado], de Guilherme Pereira Andrade e de João Henrique Gonçalves Salata. Estes dois últimos não foram atingidos.
Conforme a investigação, os disparos vieram da rua Piratininga, em direção à residência de Guilherme, situada na rua Antônio Gimenez Castilho.
Ainda de acordo com a polícia, antes de acontecer o tiroteio, Guilherme havia se desentendido com Douglas, em jogo de futebol ocorrido, no bairro Cavallari. Ambos teriam entrado em vias de fato, com ameaças recíprocas.
A investigação apurou ainda que Guilherme deixou o local e foi se abrigar em casa e pediu auxílio ao amigo João Henrique, quando os desafetos chegaram armados.
A polícia aponta no relatório que, para intimidá-los, João Henrique e Guilherme mostraram que estavam armados. Contudo, a dupla teria afirmado aos policiais que se tratavam de armas falsas.
Quando o tiroteio começou, Mauro estava ao lado de Guilherme e João Henrique, abrigado atrás de um portão feito de grade e material plástico do tipo PVC.
O disparo que tinha Guilherme como destino acabou acertando a perna esquerda da vítima, o que rompeu a principal artéria e lhe causou a morte por hemorragia. O projétil não foi localizado ou resgatado no local.
A polícia já fez buscas na residência dos autores e demais envolvidos, inclusive na casa de Guilherme, suposto alvo. Toda a ação foi filmada por câmeras de segurança e obtidas pela Polícia Civil.
O relatório aponta que Douglas confirmou ter sido autor de disparos, mas que não intencionava acertar a vítima ou qualquer pessoa. O homem teria dito que efetuou tiros para o alto. Contudo, segundo a polícia, as imagens revelam que acusado atirou várias vezes em direção à casa de Guilherme, e teria assumido o risco de acertar outras pessoas.
Douglas já teria entregado um revolver calibre 22, que foi apreendido. Contudo, não seria esta a arma que disparou o projétil que matou a vítima.
PRISÕES
Dois suspeitos de envolvimento no tiroteio com morte foram detidos no dia 30 de janeiro. Às 17h48, a Polícia Militar prendeu Pablo Dias Correa Chaves, de 23 anos, no Argollo Ferrão, zona Oeste.
Os policiais faziam patrulhamento pela rua Manoel Cândido Batista, quando um Fiat Uno cruzou com a viatura. No banco do passageiro estava o acusado, que a PM já tinha conhecimento de um mandado de prisão em aberto.
O veículo foi abordado e o homem encaminhado até a Central de Polícia Judiciária (CPJ). Ele seria recolhido a uma unidade prisional.
Às 18h05 do mesmo dia, a PM deteve Marcos Vinicius da Silva de Souza, de 22 anos, na rua Maria Cândida de Souza, também na zona Oeste.
Contra ele também constava mandado de prisão temporária pelo homicídio. Souza foi levado à CPJ e seria encaminhado a uma unidade prisional. Apenas Douglas permanece foragido.