Marília registrou 12 mortes por afogamento nos últimos cinco anos
Os afogamentos são a causa de 5.700 mortes por ano no Brasil. Crianças e jovens do sexo masculino são as principais vítimas no país. Em Marília, nos últimos cinco anos, foram seis mortes, em diferentes meses. Os óbitos quase sempre aconteceram em dias de muito calor, quando as pessoas costumam procurar opções para se refrescar.
De acordo com dados do Corpo de Bombeiros, obtidas pelo Marília Notícia por meio do Serviço Estadual de Informações ao Cidadão (SIC), que foram cruzados com informações do DataSUS, nos últimos cinco anos, o maior número de afogamentos foi em 2019, com cinco vítimas. As mortes aconteceram nos meses de fevereiro, maio, agosto, setembro e outubro.
Em fevereiro, maio e outubro de 2019, o Marília Notícia conseguiu confirmar que as mortes aconteceram em dias que tiveram muito calor, com 33,6ºC, 28,2ºC e 30,1ºC. No ano anterior, apenas uma morte foi registrada, no mês de dezembro.
Foram três óbitos registrados em 2020, nos meses de fevereiro, abril e setembro. Os registros do Corpo de Bombeiros apontaram que não houve nenhuma morte por afogamento em 2021, mas dois casos no ano seguinte, nos meses de março e dezembro. As vítimas perderam a vida em dias que tiveram temperatura máxima de 27,2ºC e 31,3ºC.
O Marília Notícia apurou que foram registradas 109 mortes por afogamento entre 1996 e 2022, sendo que 24 vítimas tinham entre 30 e 39 anos. Em segundo lugar ficou a faixa etária entre 15 e 19 anos, com 21 afogados. Foram ainda 15 vítimas entre 10 e 14 anos, 14 vítimas entre 20 e 29 anos, 10 vítimas entre 40 e 49 anos, sete vítimas entre 60 e 69 anos e cinco entre um e quatro anos.
A lista conta ainda com outras cinco vítimas entre 50 e 59 anos, quatro entre cinco e nove anos, duas menores de um ano e duas acima de 70 anos.
O ano 2000 foi o que reuniu o maior número de vítimas. Foram 10 mortes por afogamento em Marília, com quatro casos em janeiro, três no mês de março e três em outubro. O ano de 1997 também contabilizou muitas mortes por afogamento, com nove casos, sendo três em janeiro, um em fevereiro e quatro em outubro.
As maiores concentrações de mortes por afogamento aconteceram nos meses de outubro e dezembro, cada um com 17 óbitos. Foram 15 afogados que perderam a vida em janeiro, 11 nos meses de março e abril, nove em fevereiro e novembro, seis em setembro, cinco em agosto, quatro em julho, três em junho e dois em maio.
CUIDADOS
Os afogamentos podem ocorrer em rios, lagos, córregos, piscinas, e até mesmo na banheira de casa, por isso, é importante ter muito cuidado.
A Defesa Civil do Estado de São Paulo orienta que as pessoas não deixem bebês sozinhos no banho ou perto de qualquer área ou recipiente que contenha líquidos. Em praias, rios e represas, é importante se informar sobre a profundidade e o melhor local para banho.
Em embarcações, as pessoas devem sempre usar o colete salva-vidas. Outra orientação é evitar entrar na água após ingerir bebidas alcoólicas, bem como nunca nadar sozinho, em locais isolados e durante a noite.
Durante um afogamento, é importante que o banhista não tente lutar contra a correnteza e nem entrar em pânico. É preciso tentar flutuar e pedir socorro imediatamente. A Defesa Civil também orienta que as pessoas não devem entrar na água para tentar salvar alguém se houver risco para a própria segurança, mas tentar jogar um material flutuante e chamar imediatamente o Corpo de Bombeiros pelo telefone 193.