Estradas intransitáveis deixam moradores ilhados em zona rural
Trafegar com veículos de passeio pelas estradas rurais da região da Fazenda do Estado, distrito de Marília, tem se tornado algo cada vez mais difícil ou, em determinados pontos, impossível. Desde o final do ano passado, com as fortes e constantes chuvas que caíram na região, as estradas se tornaram intransitáveis, o que impede o deslocamento dos moradores e escoamento de parte da produção agrícola.
De acordo com moradores da Fazenda do Estado, o problema já persiste há mais de um mês, sendo que até o momento, nada foi feito. A Prefeitura de Marília já foi alertada sobre a situação, mas nenhuma providência foi tomada.
“O Poder Público abandona o local e a criminalidade toma conta. Aconteceu um latrocínio nessa área e a vítima tentou fugir de carro, mas ele caiu em um buraco desta estrada. Como vai chegar uma ambulância ou passar uma viatura de policiamento nestas condições? Já encaminhei questionamento para a Prefeitura, mas não deram nenhuma resposta. Carro pequeno não passa e os moradores ficam ilhados”, conta um morador que não quis se identificar.
O caso citado pelo morador é do senhor Tadao Tanikawa, de 77 anos, vítima de suposto latrocínio em sua propriedade rural, na Fazenda do Estado. O idoso foi vítima de roubo e apanhou dos criminosos. Quando tentava fugir de carro, o veículo caiu em um buraco da estrada. Tanikawa conseguiu sair do carro, mas não resistiu e morreu na estrada.
Outro morador da área afirmou que precisa fazer uma entrega, mas está impossibilitado pelas condições da estrada rural. Ele conta que o caminhão não consegue chegar até o local e, se tentar, pode quebrar o veículo no caminho.
“Está muito feio. Estou precisando entregar eucalipto, mas o caminhão não consegue chegar até a minha propriedade. Já tem um mês que está nesta situação, já alertamos a Prefeitura, mas nunca vieram aqui”, salienta o morador.
O Marília Notícia procurou a Prefeitura de Marília, que afirmou estar encaminhando as reclamações para a Secretaria de Obras e Codemar, para que os consertos sejam providenciados o mais rápido possível. A Prefeitura também disse que os meses de dezembro e janeiro são críticos, por causa das chuvas, com a situação normalizando a partir de março.