Mosteiro da Divina Misericórdia atrai fiéis de toda a região
Inaugurado em agosto deste ano, o Mosteiro da Divina Misericórdia atrai a atenção de quem passa pela estrada vicinal Danilo Gonzáles, que liga Marília ao distrito de Avencas. O local é o lar dos Irmãos de Jesus Misericordioso Contemplativos, que vivem uma vida simples, em clausura monástica e em oração, mas têm recebido a visita de devotos em busca de oração, tranquilidade e confissão.
A comunidade religiosa foi fundada pelo padre Vanderlei Gomes de Mendonça, que recebeu o nome religioso de Dom Estêvão da Divina Misericórdia. O início foi no município de Lucélia (distante 134 quilômetros de Marília), com a autorização dada na época por Dom Osvaldo Giuntini, que hoje é o bispo emérito da Diocese de Marília.
Dom Osvaldo aprovou a experiência de fundação, mas pediu um trabalho inicial por um tempo em Lucélia, para criar raízes da vida comunitária dos que viriam. Depois disso, quando fossem construir um mosteiro, Giuntini indicou a obra em Marília.
“Vivemos nossa vida reclusa, na clausura monástica. Aqui fazemos a acolhida ao povo, de pessoas que chegam para orações e missas. Fazemos o atendimento de confissões e não muda muito do que era nossa comunidade em Lucélia. Já temos 14 anos de fundação, mas aqui em Marília aumentou a proporção dos fieis”, revela Dom Estêvão.
A escolha do local não poderia ser melhor. O mosteiro é de fácil acesso para qualquer pessoa, já que existe uma estrada asfaltada até a entrada. Apesar da localização próxima da cidade, os quilômetros que separam a comunidade religiosa da área urbana garantem a tranquilidade necessária para a vida contemplativa, principalmente no período noturno.
“Eu conhecia essa área desde a época em que era seminarista, já que ia até a comunidade em Avencas. Sabia que era uma região propícia para a construção do mosteiro, com uma paisagem e a possibilidade do recolhimento que buscamos”, conta Dom Estêvão.
O religioso afirma que a missão é viver a contemplação. Ele explica que os irmãos se consagram à vida monástica. Dentre eles, alguns com vocação sacerdotal são ordenados padres.
“Por ser uma espiritualidade da Divina Misericórdia, que é um pedido de Jesus para Santa Faustina, que divulgasse a Misericórdia Divina, abrimos a Igreja Conventual, que faz parte da nossa comunidade contemplativa. A igreja conventual é para a comunidade religiosa, mas decidimos construir um espaço maior para acolher os devotos, para os fiéis que buscam beber da Misericórdia, para participar da vida litúrgica do mosteiro e os Sacramentos da Misericórdia, que é a confissão”, diz o religioso responsável pelo mosteiro.
O local possui uma hospedaria destinada a receber familiares dos monges, padres, religiosos, oblatos e leigos engajados para retiros pessoais. Não é cobrada taxa de hospedagem, mas uma contribuição para a manutenção da hospedaria, na medida das possibilidades de cada.
O Mosteiro da Divina Misericórdia foi construído no estilo arquitetônico neorromânico, com vários arcos, que compõe a estrutura do local. A torre da Igreja conta com um sino de 215 quilos, que toca de hora em hora.
Enquanto a reportagem do Marília Notícia esteve pelo local, Dom Estêvão recebeu um fiel para confissão. O religioso também contou que é grande o número de ciclistas, que se aventuram pelas curvas da estrada para o distrito de Avencas, que param no Mosteiro da Divina Misericórdia para uma oração, para um momento de descanso, aproveitando para usar o banheiro do local e para tomar uma água gelada.
“Tem vindo pessoas das comunidades aqui de Marília, mas também de outras cidades. Já veio uma van, um ônibus de outra cidade. No domingo passado uma senhora de Brasília/DF, que estava visitando alguém na cidade, veio conhecer o nosso mosteiro. Também acolhemos muitos ciclistas, que passam pela estrada”, afirma.
Um ciclista visitou o mosteiro enquanto o Marília Notícia esteve pelo Mosteiro da Divina Misericórdia. Eduardo Uemura conta que costuma ir sempre ao local, pedalando. Ele percorre 17 quilômetros, saindo da região do Tiro de Guerra de Marília, na zona Norte da cidade, até chegar ao espaço.
Uemura aproveita a oportunidade para fazer algumas fotos do local, antes de entrar para fazer uma oração e voltar para casa.
“Eu levo cerca de uma hora para chegar aqui. Todo domingo eu venho de bicicleta para acompanhar a missa. Venho até o mosteiro e depois já volto. É um lugar muito bonito. Gosto de andar de bicicleta e o caminho até aqui é muito bom. Não tem muita subida e é bastante tranquilo. Aproveito para fazer uma oração, beber uma água e depois retorno para casa”, conta.
O Mosteiro da Divina Misericórdia tem atualmente dez membros, sendo dois sacerdotes (padres). Eles lavam, passam, cozinham, limpam e organizam toda a vida religiosa. Também fazem e vendem pães e biscoitos, que podem ser adquiridos por quem visita o mosteiro, para ajudar na manutenção do local.
“Além dessas vendas, também contamos com as doações dos fiéis. Nosso trabalho é rezar pela humanidade. Garantimos a vida de oração na Igreja e os devotos também nos ajudam a manter essa obra de espiritualidade”, explica Dom Estêvão.
A rotina dos monges começa às 5h, com as primeiras atividades. O local é aberto para o público às 6h e fecha às 19h. As missas acontecem de segunda-feira às 18h30. De terça a sábado no horário das 7h e, aos domingos recebe até 450 fiéis, às 10h.
O Terço da Divina Misericórdia é rezado sempre às 15h, de terça a sábado. Após a oração, os fiéis podem se confessar. Aos domingos, as confissões acontecem antes e depois da missa.
Os interessados em conhecer um pouco mais sobre o Mosteiro da Divina Misericórdia podem acessar o site oficial da comunidade religiosa ou acessar as redes sociais no Instagram @mosteirodivinamisericordia ou no Facebook Mosteiro da Divina Misericórdia.
Confira galeria de fotos do local: