Decisão não garante entrega de fraldas em Marília
Mesmo em posse de uma determinação judicial, a diarista Alessandra Herculano da Silva não consegue retirar as fraldas necessárias para a mãe na Unidade de Saúde da Família (USF) Santa Augusta há dois meses. Dona Ilma Ribeiro da Silva sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) há seis anos e é acamada desde então.
“Nós não temos condições. Ou a gente come ou a gente compra fralda. Estou fazendo bico de faxina para poder comprar as fraldas, mas tenho que pagar alguém para ficar com ela. O pacote com oito fraldas custa R$ 20 e só dá para um dia. Ganho R$ 100 na diária. Pago R$ 50 para que alguém fique com ela enquanto estou trabalhando. Com os outros R$ 50, compro dois pacotes de fralda”, conta Alessandra.
A diarista mora com a mãe e os dois filhos. Vivem com a ajuda que recebem do Auxílio Brasil e do auxílio-doença da mãe. O dinheiro é gasto com as contas de consumo, remédios e as despesas com comida.
“Ela [a mãe] come bem, graças a Deus. Mas o dinheiro é só para isso. Pergunto no posto [sobre as fraldas] e dizem que está em falta, que é para ligar na Ouvidoria, mas lá ninguém atende e não tenho nenhuma resposta. Estou desde novembro sem receber as fraldas e uma pessoa comentou que acredita que só vá chegar em fevereiro. Se alguém tiver para doar, busco em qualquer lugar”, pede a diarista.
O telefone de contato para doação de fraldas geriátricas tamanho G o (14) 9 9905-1518 [clique aqui para iniciar uma conversa].
OUTRO LADO
Ao Marília Notícia, a Prefeitura de Marília confirmou que houve a falta, mas que a situação começou a ser regularizada.
Segundo o Executivo, o problema foi com o fornecedor e o setor jurídico já entrou com ação judicial contra a empresa responsável. Contudo, a contratada já teria disponibilizado as fraldas para regularização da entrega, o que deve ocorrer ainda nesta semana.