Em reviravolta, grupo se articula e elege Nascimento na Câmara
Em uma reviravolta no início da manhã, com a articulação de dois grupos, o vereador Eduardo Nascimento (PSDB) foi eleito presidente da Câmara para o biênio 2023/2024 – ele já ocupou a cadeira outras duas vezes (2007/2008 e 2009/2010).
“Definiram isso de última hora, hoje(…). Rogerinho era candidato também, e Féfin. A minha gratidão por eles terem entendido que hoje esse era o momento do nosso nome. Vamos fazer uma presidência colegiada, tomar todas as decisões de forma colegiada. Assumi esse compromisso com os colegas”, afirmou Nascimento em discurso após a votação.
Como Danilo Bigeschi (PSB) não compareceu e Luiz Eduardo Nardi (Podemos) foi afastado por problemas de saúde, toda a votação precisou ser repetida por duas vezes. O regimento da Câmara determina que a votação deve ser por maioria absoluta (metade mais um do número total de vereadores, o equivalente a 7), o que não foi possível com as ausências.
O grupo composto pelos vereadores Eduardo Nascimento, Rogerinho (PP), Júnior Féfin (União), Élio Ajeka (PP), Vânia Ramos (Republicanos) e Ivan Negão (PSB) votou em conjunto e foi o responsável pela definição da nova mesa diretora da Câmara.
Eles escolheram Nascimento para a presidência, Rogerinho como primeiro vice-presidente, Júnior Féfin como segundo vice-presidente, Élio Ajeka como primeiro secretário, Vânia Ramos como segunda secretária, Ivan Negão como terceiro secretário e Daniela D’Ávila como quarta secretária.
O grupo vencido, composto por Marcos Rezende (PSD), Júnior Moraes (PL), Evandro Galete (PSDB), Daniela D’Ávila (PL) e Marcos Custódio (Podemos), apostava que o líder do prefeito na Câmara (Moraes) venceria a eleição.
Com todos os votos vencidos (por 6 a 5), a mesa que eles pretendiam compor era formada por Júnior Moraes (presidente), Daniela (1º vice-presidente), Galete (2º vice-presidente), Vânia (1ª secretária), Ivan Negão (2º secretário), Danilo (3º secretário) e Rezende (4º secretário).
SEM REVANCHE?
Desafeto declarado do prefeito Daniel Alonso (PL), Nascimento afirmou que não deve haver nenhum tipo de “revanchismo” em sua presidência.
“O prefeito pode ficar tranquilo. Não existe revanchismo ou raiva. O que existe é uma cidade que precisa de união. Temos que trabalhar pelo bem da cidade (…) Há de se respeitar quem tem mandato, sem agredir, sem ofender, sem ameaça. Vamos trabalhar junto com o Executivo sim. Vamos tentar, vamos dialogar. Mesmo os vereadores que não votaram em mim, serão tratados da mesma forma, sem distinção”, disse o presidente eleito.
O Marília Notícia pediu um comentário do prefeito Daniel, mas até o momento não houve retorno.