Lula diz que terá que fazer varredura no Palácio da Alvorada
O presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), disse a um grupo de deputados do Partido Verde (PV) e do Avante nesta quinta-feira, 8, que deve ordenar uma varredura antigrampo no Palácio da Alvarada, a residência oficial do chefe do Executivo, antes de se mudar para lá no início do ano que vem.
Segundo relato dos parlamentares, o petista também contou que pode ter que despachar do hotel em que está hospedado na capital federal nos primeiros dias de governo, porque a Granja do Torto, tradicionalmente usada para hospedar o presidente eleito durante a transição, segue sendo utilizada como moradia oficial do ministro da Economia, Paulo Guedes. Os interlocutores de Lula ainda mencionaram a necessidade de uma ampla inspeção na residência antes que pudesse ser ocupada pelo presidente eleito
Segundo parlamentares que participaram do encontro, Lula teria dito que é um “desrespeito’” do atual governo não ter ordenado a desocupação da Granja do Torto para hospedá-lo. O petista tem conduzido as principais reuniões de articulação política da transição do hotel Meliá, em Brasília, cuja diária de alguns quartos ultrapassa os R$ 5 mil.
O hotel em que Lula se hospeda durante as estadias em Brasília já foi alvo de manifestantes bolsonaristas, que cercaram prédio sob o mote de que não querem que o petista suba a rampa do Palácio do Planalto no dia 1º de janeiro de 2023. A área do hotel conta agora com monitoramento 24 horas da Polícia Militar e teve a entrada principal cercada por grades de proteção.
Ainda segundo os deputados que participaram do encontro, Lula se queixou da possibilidade de ter de conduzir a agenda dos primeiros dias do governo de uma estrutura improvisada, em vez de contar com os palácios do governo.
A mudança para o Palácio da Alvorada não é imediata, pois é necessário que o presidente desocupe o lugar e o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e a Polícia Federal (PF) realizem inspeções para que, só então, o sucessor possa ocupar a residência oficial. Em períodos de relação mais amistosa na troca de bastão da administração federal, o governo de plantão cedia a Granja do Torto ao sucessor.