Polícia conclui inquérito sobre ‘irmãs do saco’ e morte no Centro
A Polícia Civil concluiu o inquérito que apurou o assassinato do aposentado Donizeti Rosa, de 60 anos, encontrado embalado em sacos plásticos, no dia 9 de novembro, no Centro de Marília.
Segundo a Delegacia de Investigações Gerais (DIG) de Marília, o laudo necroscópico e a coleta de depoimentos de testemunhas, que tiveram contato tanto com a vítima quanto com as indiciadas, indicam que Rosa foi morto por meio cruel. A polícia agora só aguarda laudo do Instituto Médico Legal que irá apontar qual ferimento foi decisivo para a morte do idoso
As investigações tiveram início no momento do encontro do corpo e naquele mesmo dia foi possível estabelecer que o cadáver estava no prédio onde viviam a vítima e as suspeitas do crime, sendo arrastado pelas suspeitas até a rua Quatro de Abril. Os policiais civis apuraram que o apartamento por eles usado estava abandonado, onde foram localizados documentos da vítima.
Os indícios obtidos com as investigações e as circunstâncias do fato possibilitaram a elaboração de uma representação, por parte da Polícia Civil, para a decretação da prisão temporária das suspeitas.
Wania Santos Silveira, de 52 anos, e Andrea Santos Silveira de Sousa, de 48 anos, que ficaram conhecidas como “irmãs do saco”, foram presas pela Polícia Militar (PM) no dia 10 de novembro, no Centro da cidade. A identidade da vítima só foi confirmada por meio da análise de suas impressões digitais. A Justiça de Marília decretou a prisão das duas por trinta dias.
Elas foram detidas e apresentadas na DIG, sendo apreendidos com elas o documento pessoal e um cartão bancário da vítima.
Os policiais civis também descobriram que Donizeti Rosa era debilitado e não tinha condições mínimas de se defender. Uma das suspeitas confessou ter agredido fisicamente a vítima pouco antes da morte e a mantinha amarrada no apartamento.
Para a polícia, a apreensão do cartão bancário da vítima com as irmãs, mesmo após o encontro do corpo, indica que elas tentariam continuar os saques de sua conta bancária, podendo, inclusive, causar prejuízos ao INSS, pois o falecido era aposentado.
Wania e Andrea continuam presas temporariamente, mas com a conclusão do inquérito, podem ser determinadas suas prisões preventivas.