Laudo aponta morte violenta de corpo achado na zona rural
A Polícia Civil já trata como homicídio a morte de Sérgio Fernando de Souza, de 34 anos, que ficou vários dias desaparecido e teve o corpo encontrado pelo próprio irmão, no dia 22 de setembro, em um córrego, próximo à estrada de terra que passa ao lado de um motel, na zona rural de Marília.
Apesar de a família ter recebido informações que Souza havia sido agredido nas imediações de um ponto de venda de drogas na zona Norte e morto em seguida, no dia em que o corpo foi encontrado, a Polícia Civil afirmou que apenas o laudo da perícia poderia esclarecer se o caso seria tratado como homicídio ou não.
O corpo da vítima foi encontrado em uma propriedade rural, com acesso por meio da estrada de terra nas proximidades do quilômetro 132 da rodovia SP-333, nas margens de um córrego. O cadáver se encontrava coberto por folhas e galhos de árvore.
De acordo com o laudo da perícia, a cabeça da vítima apresentava lesões contusas, caracterizadas por ossos fraturados, que impediram a identificação pela face.
As lesões na cabeça foram produzidas pelo uso de objeto contundente aliado ao esforço muscular. Nas imediações do local onde estava o cadáver não foram encontrados vestígios de violência, o que indica que o crime aconteceu em outro lugar.
Com base nas lesões na cabeça da vítima, foi concluído que houve morte violenta, provocada por agente ou objeto contundente.
Durante as buscas para localizar Souza, em um matagal existente na rua Américo Capelozza, nas imediações de uma “biqueira”, foi localizado um par de chinelos de propriedade da vítima.
O Boletim de Ocorrência, que inicialmente havia sido registrado como morte suspeita, foi alterado para homicídio, após a elaboração do laudo necroscópico, apontando gravidade nas lesões da vítima.
SOBRE O DESAPARECIMENTO
A família de Sérgio teria recebido informações de que ele foi morto e teve o corpo jogado em um buracão na zona Norte. A partir daí, as buscas tiveram início.
De acordo com o delegado titular da DIG, Luís Marcelo Sampaio, foram feitas buscas na terça-feira (20) e quarta-feira (21).
Consta no Boletim de Ocorrência registrado pela família que Souza é egresso da Penitenciária de Marília há um ano, onde estava preso pelo crime de tráfico de drogas. O homem, segundo os familiares, era dependente químico e alcoólatra.
O relato conta que, na última sexta-feira (16), Sérgio apareceu em casa apenas para tomar banho e se alimentar. Ele saiu sem dizer para onde ia, vestindo calça preta com detalhes vermelhos e camiseta preta cavada.
Ocorre que uma pessoa teria ligado no celular de um familiar, dizendo que Souza tinha apanhado em um ponto de venda de drogas, levado várias facadas e dois tiros. Depois disso teria sido jogado no buracão do Jardim Primavera, próximo à rua Américo Capelozza.
A informação chegou para a família na segunda-feira (19) à noite, mas o fato teria ocorrido na madrugada de domingo para segunda, de acordo com o denunciante.
“Foi aí que eu resolvi pedir socorro. Porque meu marido e meu filho estão dias e noites dentro do buracão procurando. Como o lugar é imenso, não tem como duas pessoas procurarem. Eu vejo as pessoas colocando que estão se mobilizando, ajudando, mas até agora eu não vi ninguém”, desabafa a mãe.
Regina colocou diversos pedidos de ajuda nas redes sociais. “Coração de uma mãe em desespero. Mataram meu filho e jogaram o corpo no buracão. Me ajuda a encontrar o corpo dele, pois o lugar é imenso. Os bombeiros fizeram a busca, mas não encontraram, então pediram pra (sic) quando nós soubermos onde está o corpo pra (sic) acionar que eles viriam novamente pra (sic) tirar o corpo”, escreveu em uma das publicações.