Justiça nega adiamento de audiência da ‘Miragem’
O juiz da 2ª Vara Federal de Marília, Ricardo William Carvalho dos Santos, negou o pedido da defesa de Abelardo Camarinha e Carlos Umberto Garrossino para adiar a audiência do processo da Operação Miragem – desencadeada entre entre 2016 e 2017, com lacração do jornal e rádios da Central Marília de Notícias (CMN).
A audiência em questão está agendada para o dia 27 de outubro. Em seu pedido para alteração da data, o advogado de defesa alegou que estará impossibilitado de acompanhar os clientes por conta de uma cirurgia, a que ele será submetido no início de novembro.
“Como o afastamento não irá ocorrer de forma abrupta a ponto de impedir o regular substabelecimento, não há que se falar na redesignação da audiência agendada para o dia 27/10/22. Principalmente, no caso em questão, em que havia outros advogados com procuração para atuar no caso, cujas procurações foram revogadas apenas recentemente”, afirmou o juiz em sua decisão.
O magistrado ainda argumentou que o atestado médico deveria ter sido claro a respeito da completa incapacidade para o exercício da defesa no dia 27, já que audiência não durará o dia todo e participação pode ocorrer por videoconferência. Ele determinou que a audiência seja acompanhada por outros advogados.
CASO
O Ministério Público Federal (MPF) denunciou o esquema supostamente liderado pelo ex-prefeito e ex-deputado Abelardo Camarinha (PSB), com uso dos meios de comunicação em sociedade oculta, para beneficiar o próprio grupo político.
O escândalo revelado pela Operação Miragem, que expôs suposto uso da Central Marília de Notícias (CMN) como estrutura de propaganda do grupo político de Camarinha, gerou série de processos judiciais.
Tramitam na Justiça Federal de Marília várias ações de execução fiscal (contribuições previdenciárias e encargos sociais), além de infrações à lei de radiodifusão.