‘O mais pobre tinha vida melhor com Lula’, diz Thiago Zani
O candidato a deputado estadual por Marília, Thiago Zani (Solidariedade), um dos únicos da região que representa o campo da centro-esquerda, falou com exclusividade ao Marília Notícia sobre sua campanha e como enxerga as eleições deste ano.
Zani contou que tem percorrido toda a região e percebido uma grande polarização entre os eleitores.
“Estou desde o dia 16 de agosto percorrendo mais de 40 cidades e sentido uma grande polarização e violência nas ruas. Na semana passada, quando souberam que o meu partido era de esquerda, correram atrás das meninas que estão trabalhando na minha campanha com um pedaço de pau em Vera Cruz. Mesmo assim, nas cidades menores, a gente percebe que a população tende mais a votar no Lula. O mais pobre tinha vida melhor com Lula. A classe média alta que é mais Bolsonaro”, afirmou o candidato.
Zani diz que sente um apoio para sua candidatura do público LGBTQIA+ e dos eleitores ligados à área cultural.
O candidato lamenta, no entanto, que os eleitores estejam mais focados na questão ideológica. “As pessoas estão se esquecendo de olhar as propostas dos candidatos. Marília tem muita opção nesse sentido, boas propostas, não é preciso votar em gente de fora, que não vai trazer recursos para a cidade”, diz.
Nas redes sociais e em toda a sua campanha, Zani se descreve como “mariliense raiz”, já que nasceu e sempre morou na cidade. Hoje, possui um aplicativo de transporte na cidade, e também é para esse público que defende algumas de suas propostas.
SEQUESTRO
No início do mês, Thiago Zani virou noticia quando foi vítima de um sequestro relâmpago, quando fazia campanha em São Paulo, capital. Cerca de meia hora depois de ter sido libertado, policiais civis localizaram o acusado no local onde o candidato ficou em cárcere com fins de extorsão.
Na ocasião, os bandidos exigiram valores, cartões bancários e os dois celulares da vítima. Os criminosos também subtraíram o seu veículo Fiat Cronos e um notebook.
Tudo teria começado com uma mulher não identificada que entrou em contato pelo WhatsApp e alegou que queria ajudar na campanha, pedindo para a vítima levar material eleitoral no endereço onde ocorreu sua abordagem.
Hoje, Zani acredita que o crime teve motivação política. “Essa semana prenderam mais dois suspeitos, que estavam envolvidos em vários golpes. Quando pegaram o primeiro, ele já falou: ‘é o deputado?’. Ele confessou. Sabiam que eu era candidato. Só em São Paulo já foram registrados oito casos como o meu, envolvendo candidatos”, conta.