Censo do IBGE conclui só 19,1% do trabalho em Marília
O censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) atinge a metade do período de execução nesta quinta-feira (15), mas não chegou a concluir 20% do trabalho em Marília.
De acordo com o coordenador regional do IBGE em Marília, Renan Henrique, resta iniciar o serviço em 45,5% da cidade, entre áreas rural e urbana. Mas alguns recenseadores ainda estão encontrando dificuldade em contato com os moradores, que decidem não atender os pesquisadores do IBGE. A participação é importante, pois os dados norteiam o governo federal e estadual na liberação de recursos.
O coordenador afirma que foram concluídas 19,1% das áreas na cidade. Atualmente, um total de 35,6% da área do município está recebendo os recenseadores. Após a conclusão desses setores, serão finalizados os 45,5% restantes.
“Em alguns bairros os nossos recenseadores encontram um pouco de dificuldade. Ainda temos 45,5% para cumprir e estamos dentro da nossa previsão. Temos até o dia 31 de outubro para concluir 100% dos municípios do Brasil. Chegamos à metade do prazo e notamos uma resistência maior por parte da população em atender, por questões de segurança”, afirma.
Henrique ressalta que os recenseadores usam colete, boné e um crachá que contém o nome do recenseador, site oficial do instituto, telefone 0800 para contato e ainda um QR Code para confirmação das informações. O agente também anda com um aparelho, para coletar as respostas e jogar os dados no sistema do IBGE.
“Tem gente que confunde nosso trabalho e falam que o IBGE já passou pelo bairro, com o atendente usando uma prancheta. Não anotamos nada em papel. É tudo feito em aparelhos eletrônicos. Talvez o morador tenha respondido alguma pesquisa de opinião eleitoral, mas esse não é o papel do IBGE”, conta o coordenador.
Os recenseadores são orientados a passar pelo menos quatro vezes no endereço. Quando o morador não é encontrado, o agente pode retornar no período noturno ou mesmo no fim de semana.
“O nosso procedimento impede de concluir se não tiver quatro retornos nessas moradias. No mínimo uma precisa ser em horário diferente, noturno ou em fim de semana, para tentar diminuir essas ausências. Ocorre que em alguns casos, a pessoa tá dentro de casa e não sai para atender. Nos condomínios tivemos dificuldade no começo, mas agora melhorou”, revela.
Municípios como Fernão e Álvaro de Carvalho, que fazem parte da coordenadoria de Marília, já estão em fase avançada de trabalho. Com 1.739 pessoas, segundo estimativa de 2021 do IBGE, Fernão tem a menor quantidade de moradores da área de abrangência de Marília.
“Algumas cidades relataram que receberam menos vacinas durante o período mais crítico da pandemia, por faixa etária, pois os dados levados em conta pelo governo eram do censo realizado em 2010. Por isso, é importante e fundamental a participação de todos”, finaliza o coordenador do IBGE em Marília.