Ceni lamenta falta de opções no elenco do São Paulo
Neste segundo semestre, o São Paulo decidiu se concentrar unicamente nas disputas dos torneios mata-mata. Rogério Ceni passou a usar time reserva no Campeonato Brasileiro e a campanha, que não era das melhores, fez o time despencar na tabela com a sequência de resultados negativos.
Diante do Corinthians, por causa da derrota para o Flamengo no jogo de ida da Copa do Brasil, esperava-se que o ex-goleiro escalasse time titular. Ceni, porém, manteve a tática de poupar os atletas para tentar reverter a provável eliminação no Maracanã, na quarta-feira, às 21h45.
“Estamos fazendo o máximo que é possível. Não adianta eu colocar os mesmos 11 e eles se lesionarem. Não tenho tempo até o dia 1º de outubro. Qualquer lesão muscular, e eles estão fora da final da Copa Sul-Americana. Sei que a gente ainda está numa situação apertada do Campeonato Brasileiro”, avaliou Rogério Ceni.
Em campo, no entanto, o que se viu foi um São Paulo muito aquém das expectativas. No segundo tempo, os donos da casa foram dominados pelo Corinthians, que graças ao goleiro Felipe Alves não conseguiu sair do Morumbi com a vitória. O placar de 1 a 1 frustrou os planos de ambas as partes.
“Se nós não temos nem a velocidade ou o drible no time principal, quando joga um time alternativo você espera o quê? Tem o desejo, vontade e união do grupo… Não saio satisfeito, quero resultado, mas tenho o limite físico dos atletas. O que você quer que eu faça? São Paulo entrega mais do que as possibilidades oferecem”, indagou Rogério Ceni.
Para o São Paulo, a rodada não foi de todo ruim, dados os tropeços dos principais concorrentes no fundo da tabela. Cuiabá, Avaí, Fortaleza não conseguiram bons resultados. Os únicos vitoriosos foram Ceará e Coritiba. Agora, a distância do time de Rogério Ceni para a zona de rebaixamento é de cinco pontos.
Com 31 pontos somados até aqui, o São Paulo tem campanha idêntica à da temporada passada. Em 2021, após 26 jogos, o time tinha as mesmas seis vitórias, 13 empates e sete derrotas.
A diferença, porém, está guardada na construção da campanha. No ano passado, o São Paulo começou o Brasileirão muito mal, demitiu Hernán Crespo do cargo de técnico, trouxe Ceni e conseguiu reagir. Em 2022, o caso é oposto. O São Paulo iniciou o torneio brigando na parte alta da tabela e quando focou no mata-mata começou a despencar.