Reunião entre prefeitura e sindicato da saúde termina sem acordo
“O poder de decisão sobre o tema não é meu”. Esse foi o comentário do prefeito Vinicius Camarinha ao receber no gabinete nesta quarta feira pela manhã representantes da Associação de Funcionários do Complexo Famema (Faculdade de Medicina e Enfermagem de Marília), do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Saúde e da comissão de greve.
A imprensa só foi autorizada a acompanhar os cinco primeiros minutos da reunião. Vinícius Camarinha recebeu os funcionários e disse que vai tentar politicamente ajudar a abrir as negociações. Mas não prometeu nada de concreto.
O movimento de paralisação ocorre há 17 dias e atinge cerca de 40% dos funcionários dos Hospitais de Clínicas, Materno Infantil e São Francisco, bem como do Instituto dos Olhos, Ambulatório Mário Covas e Hemocentro.
Os funcionários pedem 20% de melhoria salarial, entre reajuste e reposição, além da elevação do tíquete refeição de R$ 8 para R$ 18 e o aumento da licença maternidade de 120 para 180 dias. Outro pedido é a melhoria da estrutura de atendimento da população e mais funcionários para melhorar o atendimento.
“O complexo atende Marília e mais 61 municípios da região. É uma negociação entre Estado, diretoria da Famema e funcionários. É claro que temos todo o interesse em resolver a questão o mais rapidamente possível já que provoca desgastes entre as partes com reflexos sérios na população. Já estamos em contato há algum tempo sobre o tema com o governador, o diretor geral do complexo e funcionários. O governador Geraldo Alckmin já afirmou publicamente na inauguração do Centro de Reabilitação Lucy Montoro no mês passado que vai autorizar o reajuste. No momento, o governo do Estado está fazendo o cálculo do impacto financeiro e como liberar o recurso sem infração à legislação eleitoral, uma vez que estamos em época de eleição”, disse Camarinha.