Reinauguração do Museu de Paleontologia é em setembro
Faixas espalhadas pelos quatro cantos da cidade têm deixado os marilienses curiosos para a reinauguração do Museu de Paleontologia. A previsão de reabertura, após um longo período sem visitas, é para a primeira quinzena de setembro. A expectativa é grande para conhecer as novidades que prometem surpreender o público, após o trabalho de modernização realizado pela Prefeitura de Marília.
O novo espaço contará com uma réplica de dinossauro de quatro metros de comprimento, além de atrações modernas. A ideia é que o visitante se sinta dentro do próprio “Jurassic Park”. Além da réplica instalada do lado de fora, uma segunda – em tamanho real – foi instalada na parte interna do Museu de Paleontologia.
Um totem possibilitará que visitantes tenham informações sobre o período em que os dinossauros viveram na região de Marília. O espaço deve receber visitas agendadas de estudantes das escolas da cidade e até mesmo região.
O dinossauro instalado na esquina da avenida Sampaio Vidal com Rio Branco já virou atração turística e a expectativa é que o movimento seja grande também na parte interna do Museu de Paleontologia, assim que abrir suas portas e voltar a funcionar.
Segundo o secretário de Trabalho, Turismo e Desenvolvimento Econômico, Nelson Mora, a modernização foi possível com recursos obtidos depois que Marília se tornou Município de Interesse Turístico (MIT).
O gestor da pasta revela que o Museu de Paleontologia deve ficar aberto de terça a domingo. “Os fósseis estarão dentro do museu em vitrines com Blindex. Teremos quatro óculos 3D, que os visitantes poderão ver os dinossauros nas florestas, do jeito que era quando eles habitavam nossa região”, conta.
O museu está fechado desde antes da pandemia e tem previsão de abertura na primeira quinzena de setembro, mas ainda sem uma data definida.
DESCOBERTAS EM MARÍLIA
As primeiras coletas de fósseis datam do início dos anos 90 e se referem a fragmentos ósseos identificados como pertencentes à saurópodes do grupo dos Titanossauros.
As pesquisas do paleontólogo William Nava revelou inúmeros sítios fossilíferos datados do Cretáceo Superior por toda a região. A partir da descoberta de fósseis de crocodilos descritos como Mariliasuchus amarali e Adamantinasuchus navae, em rochas próximas ao vale do Rio do Peixe, foi possível concluir que a região tinha potencial para fósseis bem preservados.
De região desconhecida para a paleontologia até o início dos anos 90, Marília atualmente desponta como um dos grandes sítios paleontológicos do Brasil e América do Sul. Foram reconhecidos, dinossauros do grupo dos Titanossaurídeos (herbívoros) dinossauros terópodes (carnívoros), espécies de crocodilos, anfíbios, dentes e restos ósseos de peixes, um pequeno lagarto Esquamata, além de microfósseis.