Falta de medicamentos agrava situação da Saúde em Marília
A dificuldade com a falta de medicamentos nas farmácias regulares vem se arrastando desde o início do ano. Agora, com a indisponibilidade de cerca de 80% dos antibióticos infantis em alguns estabelecimentos do município, a situação piorou. Além disso, há dificuldade para manter o estoque das farmácias de forma geral.
A informação é do gerente de uma rede de farmácias na zona Sul, Pedro Henrique Gomes. “Está faltando de tudo um pouco, e a situação só vem piorando. No caso dos antibióticos infantis, quando aparecem, a distribuidora oferece uma quantidade limitada e um único cliente compra tudo. Estamos tendo dificuldades em encontrar xaropes para tosse também”, afirma.
Gomes acredita que o problema está ligado à produção, com a falta de matéria-prima que vem de outros países, como a China, que esteve em novo lockdown. “Não acredito que seja por aumento da procura”, cogita.
REDE MUNICIPAL
Nas farmácias da rede municipal, a situação não é diferente. O desempregado José Antônio Filho esteve na unidade da zona Norte na manhã desta quinta-feira (30) e só levou para casa duas cartelas de Dipirona e alguns comprimidos de Prednisona.
Os outros dois, dos quatro medicamentos prescritos, estavam em falta. Um é utilizado como antialérgico e o outro é indicado para bronquites e insuficiência respiratória crônicas.
“Vim buscar os remédios da minha esposa, que é muito doente. Agora ela vai ter que esperar e, por enquanto, vai ficar sem. Não sei como vai ser. Não tenho condições de comprar, estou desempregado e vivendo de auxílio do Governo”, lamenta. José Antônio Filho não recebeu prazo para buscar os remédios que faltaram.
Na edição do Diário Oficial do Município de Marília (Domm) desta quinta-feira (30) foi publicada a notificação a uma farmacêutica que foi multada em 30% sobre o valor dos produtos não entregues. A empresa também ficou impossibilitada de contratar com a Prefeitura pelo prazo de dois anos.
OUTRO LADO
O Marília Notícia procurou a assessoria de imprensa da Prefeitura para comentar o assunto, mas não teve retorno até o momento da publicação desta reportagem. O espaço segue aberto para manifestação.