Alta de mais de 10% no valor do aluguel muda rotina do mariliense
Os aluguéis residenciais com aniversário no mês de junho poderão ser reajustados em até 10,72%. Esse é o percentual do Índice de Preços Mercado (IGP-M), divulgado pela Fundação Getúlio Vargas, no período entre os meses de junho de 2021 a maio de 2022.
Para que ninguém fique descontente, o Conselho Regional de Corretores de Imóveis (Creci) orienta que ocorra uma negociação entre inquilino e proprietário. “Se o imóvel ficar desocupado, o proprietário fica sem receber o aluguel e ainda tem os custos, então é sempre bom tentar negociar. No caso de desocupação, o prazo médio para relocar um imóvel bom é de 60 dias”, explica Hederaldo Benetti, delegado regional do Creci em Marília.
Quando não há possibilidade de negociação, para tentar driblar a inflação, muitos inquilinos procuram se mudar, locando imóveis com valor menor, em bairros mais afastados.
Foi o caso do programador audiovisual Guilherme Nascimento. Ele trabalha na região central e pagava R$ 1.200 de aluguel por um apartamento de dois quartos no bairro Alto Cafezal.
“O aluguel teve um aumento bem grande e tive que me mudar. Na procura, fiquei até assustado. Na região onde eu morava, não achava mais casa ou apartamento com valor menor. Por sorte, uma amiga estava alugando um apartamento e me ofereceu, com valor bem abaixo do mercado”, conta ao Marília Notícia.
Hoje, o programador paga R$ 700 e mora no Cavallari, zona Oeste. “Eu moro bem mais afastado, mas geralmente quando você acha um valor mais acessível, o local não tem segurança. E eu precisava de um lugar seguro, porque a minha filha acaba ficando um pouco sozinha durante o dia.”
O aumento no valor e a necessidade de se enquadrar entre o custo e o benefício da locação fizeram com que Nascimento tivesse a rotina alterada. A alta tem pressionado mudanças na realidade de milhares de brasileiros.