Marilienses vão às compras e seguem pressionados pela inflação
Óleo de soja, frutas, carne vermelha e legumes seguem como os principais vilões do consumidor, entre os itens da alimentação. O leve recuo no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que fechou abril com alta de 1,04%, ante um avanço de 1,71% em março, não traz alívio ao mariliense.
O padeiro Gustavo Maurício dos Santos e a esposa, a atendente Angélica Silva de Albuquerque, foram às compras nesta quarta-feira (11) em um supermercado da região Sul da cidade e não gostaram do que viram.
“Está tudo muito caro. Tomate, cebola, as frutas, o leite, estão muito caros. Tem mais produtos disponíveis porque teve um período que estava faltando na parte de hortifrúti, mas o preço está alto demais”, afirma a mulher.
Santos menciona ainda outros custos, como o combustível e lembra que os rendimentos dos trabalhadores não acompanharam a inflação. “É difícil. Cada vez que você vem ao supermercado está pior, compra menos e paga mais”, constata.
O professor Alexandre Nogueira Mugnani faz compras semanais, com o companheiro Edvaldo de Souza Lopes, pedagogo. A prioridade no carrinho de supermercado é para legumes e frutas, mas eles detectam aumentos praticamente toda semana. “A qualidade até que está boa, mas os preços, um absurdo”, avalia o educador.
ALÍVIO, MAS PEQUENO
Na manhã desta quarta-feira (11), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o INPC de abril ficou em 1,04%, um número que não agrada, mas aponta melhora. Em março, o indicador teve resultado de 1,71%. No ano, a elevação acumulada é de 4,49%.
O índice mede a variação dos preços para as famílias com renda de um a cinco salários mínimos e chefiadas por assalariados. Por isso, é considerado um indicador importante quando se fala na inflação das camadas mais populares entre os brasileiros.
Se forem considerados os últimos 12 meses, a taxa foi de 12,47%. Na comparação entre os meses de abril de 2022 e o mesmo período de 2021, é possível constatar quase o triplo de aumentos. No ano passado, o mês teve INPC de 0,38%, diante dos atuais 1,04%.