Liminar manda coronel pagar pensão à filha de ajudante morto
Liminar da 2ª Vara da Justiça de Itápolis (distante 156 quilômetros de Marília) mandou o coronel da reserva Dhaubian Braga Brauioto Barbosa – acusado de matar a tiros o ajudante Daniel Ricardo da Silva, 37 – pagar pensão de R$ 621 por mês à filha da vítima.
Ação que busca reparação material ainda segue e a defesa do militar pode recorrer. Dhaubian responde pelo homicídio cometido em outubro do ano passado. Silva era funcionário em um motel de propriedade do policial, localizado à margem da Rodovia Comandante João Ribeiro de Barros (SP-294).
O pedido de indenização ultrapassa os R$ 550 mil e, caso o réu não consiga reverter, terá que pagar pensão à filha da vítima até que ela complete 25 anos. O coronel segue preso preventivamente no presídio militar Romão Gomes, em São Paulo.
A notificação foi encaminhada para a Justiça em Marília, onde tramitam os demais processos envolvendo o militar. Ele tem prazo para contestar a cobrança pela pensão e indenização.
Natural de Itápolis, onde teve a filha, Silva era contratado por Dhaubian para serviços de construção civil e morava no motel que pertencia ao patrão, onde aconteceu o crime.
A defesa do coronel alega que o ajudante não era responsável pelo sustento da filha. Os advogados tentam a liberdade do réu e apresentam, entre outros argumentos, que o militar da reserva precisa retomar a vida civil para administrar os próprios negócios e garantir a provisão aos filhos.
Na esfera criminal, o Ministério Público do Estado de São Paulo (MP-SP) acusa o coronel de homicídio qualificado. Já a defesa dele alega que houve legítima defesa e que Dhaubian teria sido alvo de uma emboscada.