Postos passam a exibir duas casas decimais nas tabelas
A partir deste próximo sábado (7), o consumidor não verá mais a terceira casa decimal no preço do combustível, como ocorre atualmente. A decisão é da Agência Nacional do Petróleo (ANP) e está prevista em resolução do órgão.
Em Marília, a medida foi aprovada pelos clientes. Donos de postos dizem que a alteração não deve trazer diferença.
Os postos tiveram prazo para se adequarem à medida. A resolução que impôs a mudança foi publicada em novembro do ano passado, mas a maioria das empresas seguiu trabalhando com o terceiro dígito.
“O efeito prático é apenas o alto custo de mudança em painéis de led”, reclamo o representante regional do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo (Sincopetro), Gustavo César Henrique da Silva.
Mas a agência nega que haverá ônus para os comerciantes, tanto que desobriga a troca dos módulos das bombas. Basta que o número da terceira casa esteja zerado e permaneça travado durante o abastecimento.
O objetivo da mudança, segundo a ANP, é deixar o preço do combustível mais preciso e claro para o consumidor, alinhando-o com a expressão numérica da moeda brasileira.
Como a terceira casa decimal estará zerada e travada, a percepção é que não haverá dúvidas e que o objetivo da regra – que é dar clareza aos consumidores vai ser atingido.
A agência avalia que a mudança não vai implicar impactos no valor final dos preços dos combustíveis, uma vez que ela não trará custos relevantes aos revendedores, nem restrições aos preços praticados.
Para o empresário Avelino Boiça, que atua no mercado de Marília, há um efeito meramente psicológico na existência da terceira casa decimal. “Não vai mudar nada, na prática”, garante o varejista, que acha a alteração desnecessária.
Na compra, conforme donos de posto ouvidos pelo Marília Notícia, a “cultura da terceira casa” na venda de combustíveis no Brasil só existe porque o varejo é cobrando com dígitos além do usual da moeda brasileira. “Pagamos preços com quatro dígitos”, conclui Gustavo, do Sincopetro.