Após entidade deixar Marília, Prefeitura faz novo chamamento
Marília faz nova tentativa de instalar duas unidades do Serviço de Residência Terapêutica (SRT), um esforço de reinserção ou – pelo menos – uma vida mais digna às pessoas que já estão há mais de dois anos em internação psiquiátrica e não possuem laços familiares.
A cidade chegou a instalar duas casas em novembro do ano passado – para atendimento a 20 moradores. Mas o serviço funcionou por poucos meses, sob gestão do Instituto Brasileiro de Cidadania.
A Residência Terapêutica “Girassol” foi montada na rua Bartolomeu Bueno, no bairro Maria Izabel, para homens. Já a outra unidade, que recebeu o nome de “Azaleia”, foi inaugurada na rua Antônio Augusto Netto, no Fragata, para o público feminino.
Em janeiro deste ano, o IBC – que havia assinado contrato um ano atrás, inclusive com obrigação de definir e mobiliar os imóveis – manifestou falta de interesse na renovação. O caso foi parar na Justiça, que negou ação da Prefeitura para obrigar a conveniada a manter os serviços.
Com o fechamento das casas, os assistidos foram encaminhados para o Hospital Espírita de Marília (HEM), em imóveis residenciais que existem ao lado da instituição, mas que não caracterizam internação. Um termo aditivo foi assinado no contrato da unidade, para gestão temporária dos serviços.
CHAMAMENTO
O novo chamamento prevê despesas de até R$ 2,2 milhões por ano. Desse montante, serão R$ 80 mil para aquisição de materiais de consumo, equipamentos e mobiliário para as casas, sendo R$ 40 mil para cada unidade.
Os demais recursos vão custear água, energia, alimentação, conservação. Os funcionários vão se revezar 24h por dia, sem interrupções. Por mês, a nova entidade terá R$ 160.338,51 para a gestão das unidades do SRT. Dessa vez, o prazo do contrato será de 60 meses.
Os envelopes com as propostas das entidades participantes serão abertos no dia 19 de maio, às 9h, no setor de licitações da Prefeitura.