Cantor Caim recebe homenagem na Japan Fest
Uma das joias da cidade de Marília, o cantor Caim, recebe homenagem especial dentro da programação da Japan Fest, com o show da dupla Mococa e Paraíso – no dia 22, a partir das 21h. A homenagem será concedida pela Prefeitura, por meio da Secretaria da Cultura.
A homenagem visa destacar os anos de carreira do cantor, que faz parte da história de Marília.
Para o Secretário da Cultura, André Gomes, homenagear o Caim é homenagear a cidade de Marília.
“Cultura, muito mais que expressão artística, é tudo que organiza a vida social, tudo que confere identidade a um povo. Nesse sentido, o Caim é muito mais do que um grande artista talentoso e reconhecido nacionalmente; ele é um símbolo de nossa identidade cultural. É um artista que tem em sua música a expressão do que somos”, diz o secretário.
A programação de homenagem ao Caim, com a dupla Mococa e Paraíso acontece dia 22 às 21h, mas a Japan Fest é realizada nos dias 21, 22, 23 e 24, na sede campestre do Nikkey Marília – avenida Benedito Alves Delfino, 2.850, com extensa programação.
CAIM
Nascido em Monte Azul Paulista, Sebastião da Silva, o querido cantor Caim iniciou sua carreira artística em Marília. Aos 11anos formava um trio com sua irmã Esmeralda e o amigo Periquito, que tocava sanfona. Fizeram grande sucesso em Marília e região cantando na rádio Clube.
Caim mudou-se para São Paulo em 1966 e lá formou dupla com José Viera, formando assim a dupla Abel e Caim. Participaram do primeiro festival da Música Sertaneja promovido pela TV Cultura aonde venceram com a música Natureza. Ainda em 1966, gravaram o primeiro LP em vinil,
Músicas como Santa Luzia, Mãe Amorosa, Natureza, O Barco, O menino e o Cachorro, fizeram muito sucesso.
Quando o parceiro faleceu em 2011, Caim deu sequência em sua carreira como Caim e Amigos. Em 2018 recebeu Menção Honrosa do Rotary Clube de Marília 4 de Abril e em 2019 recebeu o título de Cidadão Mariliense.
Embora nascido em Monte Azul Paulista, Caim adotou Marília como sua terra natal e tem muito orgulho em dizer que mora em Marília a 40 anos, onde foi também vereador no ano de 1992.
“Com muito orgulho e amor agradeço às autoridades e ao povo Mariliense pelo carinho e atenção dados a mim e aos meus familiares. Muito obrigado pela homenagem”, disse Caim.
O cantor é conhecido em todo Brasil, mas diz que “é em Marília que eu quero morrer”.
Caim seguiu carreira solo até compor nova parceria musical com Addy, formando a dupla Adel e Caim. Mas Addy (Adilson Cândido da Silva) faleceu em 2019, voltando Caim para seu projeto Caim e Amigos.
MOCOCA E PARAÍSO
Mococa e Paraíso uniram suas vozes no ano de 1986, tendo em seu currículo mais de 25 produções, entre as quais um belíssimo DVD gravado com as participações especiais de Sérgio Reis, Bruno e Marrone, Cezar e Paulinho, entre outros.
Embora tenham vindo cada qual de parcerias anteriores, firmaram-se no estilo sertanejo raiz, sem deixar de lado obras musicais de características bastante românticas, destacando-se entre alguns sucessos da dupla as músicas Orelhão Azul (de Morgado e Carlos Cezar), Licor de Amor (Iara Fortuna e Paraíso), Saco de Ouro (Caetano Erba e Paraíso), O Ipê eu Prisioneiro (José Fortuna e Paraíso), Os homens não devem chorar (regravação de “Nova Flor” de Palmeira e Mário Zan), O pulo do gato (Paiva e Gama), entre muitas outras.
Apesar do romantismo constante em seus repertórios, a característica sertaneja da dupla está sempre firmemente presente em todos os seus trabalhos, sendo preocupação constante de ambos de não perder jamais a identidade com suas raízes. Um exemplo disto é a gravação das modas de viola O Caçador (Sulino e Moacyr dos Santos) , A Filha do Barbeiro (Jesus Belmiro e Mococa), bem como do pagode Rimas de Rodeio(Jesus Belmiro e Paraíso).
O grande momento da dupla ocorreu há pouco tempo atrás com o lançamento do seu 1º DVD, lançado também pela Gravadora Arlequim, com participações especiais de Bruno e Marrone, Sérgio Reis, Cezar e Paulinho, Chico Rey e Paraná, Beth Guzo, entre outros grandes nomes da música sertaneja.
Atualmente a dupla prepara um interessante trabalho homenageando os dois parceiros anteriores de cada um que foram: Tião Carreiro, que fez dupla com Paraíso; e Moraci, que junto a Mococa gravou vários discos ainda em vinil. Será uma seleção de 11 sucessos de cada um, para homenagear os antigos parceiros já falecidos.
O repertório de Mococa e Paraíso é bastante diversificado, abrangendo desde a música raiz, até a música romântica e a dançante. O mais novo trabalho com a música “Dois Mil e Vinte” que define tudo desde o começo da pandemia. E assim seguem com grande sucesso para o recomeço.