Empresa diz que mercados visam descumprir contrato
A empresa que administra o cartão alimentação dos servidores do município de Marília encaminhou, à Prefeitura, contestação após ser notificada. Na defesa, a operadora cita que supermercadistas da cidade estariam – de forma assemelhada a um cartel – tentando alterar as condições de credenciamento.
A empresa ÉoVale cita como exemplo suposta exigência, de uma rede em Marília, de redução no prazo de repasse dos valores que os servidores utilizam em suas lojas, passando para apenas um dia após a compra.
Alteração destas condições, conforme a administradora, impactaria diretamente no equilíbrio econômico-financeiro do contrato, “tornando-o deficitário”, já que a “taxa e o prazo de repasse ofertados pela empresa ÉoVale para vencer a licitação em comento apenas foi possível considerando as condições inicialmente previstas.”
“(…) alguns dos administradores das grandes redes de supermercados da região têm combinado de, juntos, forçar a empresa ÉoVale ao cumprimento das suas [dos supermercados] condições negociais, sob pena de negar o uso do cartão”, escreveu a operadora em sua defesa.
A administradora diz ainda que o estabelecimento comercial credenciado não pode, de modo unilateral, descredenciar ou negar o uso do cartão ao usuário, sob pena de multa, conforme contrato com os supermercados.
A operadora chamou a decisão de arbitrária e informou que mantém um número de credenciados maior do que o mínimo exigido em edital, “como forma de nunca prejudicar os usuários dos cartões.”
No documento encaminhado na sexta-feira (25), a ÉoVale diz esperar que até meados desta semana a situação esteja resolvida.
“A empresa insiste nas negociações com as redes, para que não haja o descredenciamento dos estabelecimentos que suspenderam a aceitação do cartão. Esperando tê-la resolvida, sem, contudo, deixar de atender o quantitativo mínimo de estabelecimentos credenciados exigidos pelo edital”, finalizou a companhia.