Lula apela por fim da guerra na Ucrânia: “baixem as armas”
Em visita ao México nesta quarta-feira, 2, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez um apelo para que líderes mundiais trabalhem pelo fim da guerra na Ucrânia. O petista discursou em um encontro de lideranças do partido de esquerda mexicano Morena, ao qual o presidente López Obrador é filiado. “Governantes, baixem as armas, sentem na mesa de negociação e encontrem uma solução”, disse o provável candidato do PT ao Planalto.
Adotando tom de campanha, o líder petista afirmou que não se sente velho porque tem uma “causa” para viver. Ele tem 76 anos e, se eleito, poderia ficar no poder até os 84. Embora diga com frequência que ainda não decidiu se de fato vai concorrer à Presidência, ele fez promessas para um eventual novo governo: “vou recuperar a democracia e a dignidade para o povo brasileiro”.
O ex-presidente tem aproveitado a viagem ao México para fazer críticas ao governo de Jair Bolsonaro (PL) e reforçar seu nome como alternativa ao mandatário. Em entrevista publicada nesta terça-feira, dia 1º, pelo jornal La Jornada, ele disse ter convicção de que a “antipolítica” do atual presidente será derrotada nas urnas em outubro.
Lula culpou as “elites” brasileiras pelo surgimento da mencionada “antipolítica”, que, segundo ele, seria uma resposta aos avanços sociais obtidos em seu governo. “Esse governo desastroso, que é resultado direto do sentimento antipolítica que as elites plantaram no Brasil, será derrotado este ano nas urnas”, afirmou.
O ex-presidente também disse à publicação que o Brasil está sendo “destruído” e classificou a gestão federal como “um governo que não governa, que se concentra em mentiras e não respeita absolutamente nada”.
Lula viajou ao México acompanhado da presidente do PT, Gleisi Hoffmann, dos ex-ministros Celso Amorim e Aloizio Mercadante e do senador Humberto Costa. Na agenda, encontros com políticos mexicanos, incluindo deputados, senadores e o próprio presidente Obrador, além de líderes do Morena. Segundo Gleisi, a pauta das reuniões é o “fortalecimento das relações latino-americanas”.