Acusado de feminicídio pega mais de 20 anos de prisão
O Tribunal do Júri condenou na tarde desta quinta-feira (24) o réu Jefferson Felipe da Silva Balbo, de 22 anos, a cumprir pena de 21 anos em regime fechado pelo homicídio triplamente qualificado da namorada Kelen Renata dos Santos de Oliveira, 20.
A vítima foi morta com três tiros de revólver em abril de 2019. Em prisão preventiva desde a época, o acusado pode passar a metade da vida recluso e sair aos 43 anos. A possibilidade, no entanto, é baixa uma vez que a defesa já entrou com recurso para tentar atenuar a pena.
No agravo, o advogado pede a desqualificação do crime, seja pela imaturidade da idade ou pela forte emoção alegada. No entanto, a própria Justiça possibilita atenuantes durante o cumprimento da pena, a qual pode inclusive mudar de regime após cumpridos dois quintos do tempo.
No julgamento de 6h de duração, Jefferson – também conhecido como “Pitu” – foi acusado pelo promotor Rafael Abujamra pelo crime de homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, recurso que dificultou a defesa da vítima e por razões da condição do sexo feminino).
O advogado de defesa, por outro lado, tentou desqualificar o crime para que fosse transformado em homicídio simples. Mas os sete jurados acataram todas as qualificadoras apontadas pelo Ministério Público.
A juiz da 1ª Vara Criminal, Josiane Patrícia Cabrini Martins Machado, então aplicou a pena de 21 anos de prisão em regime fechado sem direito de recurso em liberdade.
CRIME
O homicídio ocorreu no dia 16 de abril. Por volta das 20h30, Balbo teria ido até a residência da vítima na rua Monsenhor João Batista Toffoli, na tentativa de reatarem o relacionamento. Sem sucesso, o desempregado efetuou três disparos à queima roupa, um deles atingiu na cabeça da jovem. Ela não resistiu e morreu no local.
O réu fugiu, mas foi preso dois dias depois, no bairro Parque das Acácias, zona Norte da cidade. Ele ficou em prisão preventiva desde então.