Marília registra maior epidemia de dengue desde 2015
Relatório epidemiológico final de 2021 – publicado pela Prefeitura de Marília – apontou recorde de casos de dengue, em relação aos últimos seis anos. De janeiro a dezembro, a cidade teve uma epidemia com 2.940 vítimas da doença; média superior a 56 casos por semana.
Foi o pior ano para o controle da doença, desde a “grande epidemia” de 2015, quando a doença fez mais de 20 mil vítimas na cidade.
Em 2021, ao todo, a Saúde recebeu 5.683 notificações das unidades municipais, serviços privados e hospitais. A positividade foi de 51,73% dos casos investigados.
Autoridades em saúde acreditam que a epidemia pode ter sido ainda maior, mas – em ano de severa pandemia de Covid-19 -, muitas pessoas podem ter deixado de receber o diagnóstico.
Mesmo assim, a cidade teve ao longo de um mês e meio mais de 200 registros de dengue por semana. O pico da contaminação pela picada do Aedes aegypti aconteceu entre a 13ª e a 17ª semanas epidemiológicas – de 28 de março a 1º de maio.
PERSPECTIVAS
Os resultados de 2022 ainda não estão completos. Nas duas primeiras semanas, quatro casos foram confirmados, número que deve aumentar no decorrer do mês, com a liberação de mais exames que estão no laboratório de referência.
Para monitorar as áreas de maior contaminação e desenvolver ações de prevenção, está em fase de execução o Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa). Em 2021, foi feito apenas um estudo, que apontou larvas do mosquito em 2,13% das residências vistoriadas.
O percentual diz respeito ao chamado índice predial. Em a algumas regiões da cidade, o indicador foi ainda maior chegando a 2,75% e até 2,90%.
O Ministério da Saúde considera que índices inferiores a 1% indicam “condições satisfatórias” e de 1% a 3,9% é considerada “situação de alerta”. Quando acima de 3,9%, a infestação representa “risco de surto de dengue”.